Na última sexta-feira, 20, o ex-funcionário da Carris Ivsem Gonçalves foi condenado a 15 anos de prisão em regime inicial fechado. Ele era réu por 45 crimes de peculato e de mais 43 crimes de lavagem de capitais, que resultaram no desvio de mais de R$ 1,7 milhão.

Gonçalves terá que pagar multa e restituir a Estatal. Na eventual extinção ou alienação da empresa pública, o pagamento deverá ser feito à prefeitura de Porto Alegre, com correção monetária e juros moratórios de 1% ao mês.

Além disso, a Justiça determinou o perdimento dos bens apreendidos na residência do condenado, incluindo dois veículos, um Renault Fluence e um Dodge Journey R/T, que foram adquiridos com a verba desviada e joias encontradas na residência dos filhos do réu.

A Justiça também determinou que Ivsem Gonçalves entregue seu passaporte para evitar uma possível fuga.

 

ENTENDA O CASO

O esquema de desvio de verbas foi desvendado pelo Ministério Público (MP) em maio de 2018, em operação realizada pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre.

De acordo com o MP, Ivsem Gonçalves exercia a função de coordenador de Finanças da Companhia Carris e, por isso, conhecia a dinâmica relacionada aos pagamentos de indenizações que eram realizadas pela empresa. Os desvios ocorreram entre agosto de 2015 e janeiro de 2017. O réu cometia os crimes induzindo a diretoria da empresa a sucessivos erros.

Ivsen chegou a usar dados e a identidade de uma criança morta na década de 1960. Ele também apresentou os documentos e formulários falsificados, como se fossem emitidos pela procuradoria para a diretoria da Carris que, em razão destes efetivava os pagamentos comandados pelo setor financeiro, coordenador por Ivesem que emitia cheques em benefício da criança já falecida e de terceiros.

 

FOTO: PMPA/Reprodução

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