O Conselho Nacional de Trânsito reduziu de 25 para 20 horas a quantidade de aulas práticas obrigatórias para fazer a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Agora o simulador nas aulas de direção é facultativo. Com isso, o valor pago pelo documento cairá de R$ 2.270,76 para R$ 1.954,91 – uma redução de quase 14%.

Mas continua sendo muito cara. Continua sendo quase dois mil reais!

Muita gente precisa da CNH para trabalhar. Vide aplicativos de transporte como UBER e o Cabify – que garantiram a sobrevivência de muita gente no auge da crise – os caminhoneiros, os motoboys, gente que é faz-tudo em sua própria empresa pois não tem condições de contratar um motorista. CNH hoje é tão importante como carteira de trabalho. Quanto mais barata a for, mais gente vai poder trabalhar.

Além do custo absurdo, temos muita burocracia. O Detran se mete demais na vida das autoescolas, com excesso de regulamentação e na vida dos motoristas. Se o Estado interferisse menos, poderíamos ter uma carteira de motorista bem mais barata. Mas é a velha história de que o governo nos trata como crianças o tempo todo, como se precisássemos do Estado para tudo. Quase como se todos fossem retardados. O que realmente precisamos é de mais liberdade com responsabilidade.

Nos Estados Unidos, por exemplo, funciona da seguinte forma: você vai ao DMV (o DETRAN deles), leva a sua documentação, paga uma taxinha, faz o exame de vista e a prova teórica. Observe: o próprio funcionário do DMV pede para você ler as letras na parede, se não conseguir roda. Se conseguir, já faz a prova teórica. Com outro diferencial, você estuda em casa ou onde quiser, pois não existem aulas teóricas, pois não existe obrigatoriedade de fazer autoescola.

Passou? Você já sai dali com uma permissão para dirigir, desde que acompanhado por uma pessoa responsável já habilitada, que vai ajudar você a melhorar na direção e a aprender. Quando você achar que já está suficientemente preparado é só marcar o exame prático.

Quem aplica o teste no DMV vai junto com no carro anotando seu desempenho. Outro diferencial, você faz o teste no carro que aprendeu a dirigir. Se passou, beleza. A taxa é em torno de U$ 20 dólares, pouco mais de R$ 70 reais. Se rodou, se prepara melhor, paga a taxa de novo e tenta outra vez.

Já pensaram se fosse assim aqui no Brasil?

Fica claro que lá o governo quer facilitar a vida das pessoas, não atrapalhar. Não está preocupado em criar mil regras e burocracias para poder arrecadar mais. E lá as leis são bastante rígidas para quem comete infração de trânsito. Eles aplicam o conceito de liberdade com responsabilidade. E fica a pergunta, será que com todas as regras e altos custos daqui nossos motoristas são melhores que os americanos? Ou que os americanos dirigem pior porque não fazem autoescola?

O que fica claro é que é preciso baratear ainda mais o custo de uma carteira de habilitação, pois dela dependem muitas famílias e empregos.

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Foto: Divulgação Cetran

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