| Alice Ros |

Após reunião entre Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do
Sul (FAMURS), Ministério Público e Tribunal de Contas, na terça-feira (25), o
governo do Estado decidiu postergar o cronograma para volta às aulas presenciais.
A proposta apresentada pelo governador Eduardo Leite em 11 de agosto, que
estabelecia o retorno gradual das atividades, não foi acolhida pelas prefeituras e por
entidades como o CPERS.

Segundo Leite, a Educação Infantil seria a primeira a
retornar no formato presencial, em 31 de agosto. Em seguida, as aulas do ensino
superior voltariam em 14 de setembro, dos ensinos médio e técnico em 21 de
setembro, dos anos finais do ensino fundamental em 28 de setembro e dos anos
iniciais em 8 de outubro.

O Estado afirmou que divulgará um novo calendário com adaptações. A previsão
inicial, ainda não definitiva, é de retorno para 15 de setembro. Na próxima terça-feira
(01), o governador fará uma reunião com a FAMURS para definir critérios para a
volta às aulas. Na ocasião, também será apresentada uma nota técnica elaborada
pela Secretaria de Saúde com instruções sobre vigilância municipal, para que os
municípios possam realizar vistorias sanitárias nas instituições de ensino.

O ex-secretário nacional de Vigilância em Saúde e doutor em epidemiologia,
Wanderson de Oliveira, participou da reunião a convite do Executivo estadual e
apresentou os resultados de uma análise sobre a reabertura das escolas em 15
países. No encontro, Oliveira apontou que o retorno das atividades é recomendado
somente quando a curva de contaminação pela Covid-19 estiver em queda.
Segundo o especialista, a redução de casos deve se manter constante por, no
mínimo, duas ou três semanas.

Em vídeo publicado no Facebook, também na terça-feira (25), o presidente da
FAMURS, Maneco Hassen, afirmou que “a FAMURS manteve sua posição de
extrema preocupação com o retorno das aulas neste momento, e insistiu para que o
retorno só aconteça quando tivermos uma curva descendente dos casos aqui no
Estado”.

O novo calendário será válido apenas para municípios em bandeira amarela e
laranja. Desde 19 de março, as atividades escolares foram suspensas por conta da
pandemia de Covid-19.

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