Uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público resultou no bloqueio de contas que totalizam mais de meio bilhão de reais. De acordo com a investigação, o dinheiro era fruto de fraudes licitatórias e era lavado de diversas maneiras em um esquema criminoso que durou mais de uma década.
Ao longo das investigações, foi apurado que a organização usava contas em nomes de terceiros, colocava veículos e imóveis de luxo em nome de laranjas e utilizava até a compra de passes de jogadores para lavar o dinheiro.
Hoje (16), a Justiça determinou o bloqueio de 57 contas judiciais, objetivando o alcance de R$ 565 milhões, além da indisponibilidade de 38 imóveis (avaliados em R$ 68 milhões) e da busca e apreensão de 28 veículos (avaliados em R$ 4,171 mi).
Também foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão em imóveis e empresas de investigados, buscando provas e documentos que apontem para os crimes investigados. As ordens judiciais são cumpridas nos municípios de Porto Alegre, Cruz Alta, Xangri-lá, Capão da Canoa, Tramandaí e Tupanciretã. A ação envolveu o 140 policiais civis em 55 viaturas, 25 agentes e 10 viaturas do MP/RS e 2 auditores da CAGE.
Segundo o Ministério Público, a organização criminosa é ré em 11 mil ações judiciais e também gerou um prejuízo de R$ 200 milhões em tributos.