| Alice Ros |

O Hospital de Charqueadas, localizado na região Carbonífera, abriu 10 leitos de UTI Covid-19 nesta sexta-feira (24). Em cerimônia com participação do governador Eduardo Leite e dos secretários da Saúde, Arita Bergmann, e da Administração Penitenciária, Cesar Faccioli, a unidade anunciou que os novos leitos estão equipados com respiradores enviados pelo Ministério da Saúde.

Durante coletiva de imprensa, Eduardo Leite afirmou que o hospital continuará operando após o fim da pandemia e será 100% destinado ao atendimento público.

O governador definiu a inauguração dos leitos de UTI como um “legado para Charqueadas”, ressaltando, também, que as ações para expansão de leitos representam a maior operação de saúde já registrada no estado. “Continuamos expandindo nosso sistema hospitalar, sendo que já chegamos a quase 75% em quatro meses e vamos passar de 100% no aumento no número de leitos de UTI nas próximas semanas”, declarou Leite.

Em entrevista concedida à RDC TV, o prefeito de Charqueadas, Simon Heberle de Souza, explicou que, futuramente, cinco leitos serão reservados para a comunidade e cinco leitos serão designados para apenados. Hoje, o município concentra o maior número de detentos em uma mesma região, totalizando oito presídios com 5,1 mil presos. O Rio Grande do Sul contabiliza 39 mil presos.

O atendimento de pacientes diagnosticados com Covid-19 está concentrado no Hospital de Campanha de Charqueadas, inaugurado em abril. A estrutura recebe pessoas sintomáticas e mantém o acompanhamento de casos em tratamento.

Charqueadas foi contemplada como um dos 30 municípios que devem participar do projeto Testar RS, lançado pelo Governo do Estado. O objetivo do programa é ampliar o número de testagens diárias, passando de mil para sete mil exames do tipo RT-PCR, considerado o mais eficiente para diagnóstico da Covid-19.

Na primeira fase, prevista para acontecer ainda em julho, cidades com mais de 40 mil habitantes e maior incidência de casos confirmados receberão testes para pessoas com sintomas gripais. “Acredito que é o primeiro estado que está fazendo de forma totalitária”, relatou Simon Heberle de Souza.

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