O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de recuperação judicial da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), que havia sido feito no início de maio, deste ano.

A instituição está envolvida em uma crise financeira há dez anos. A dívida total da instituição chega a R$ 8,2 bilhões, mas a universidade tenta negociar o valor de R$ 2,4 bilhões.

O juiz Marcelo Tonet, da comarca de Canoas, destaca que a Ulbra, mesmo com anos de atividades não pode ser considerada sociedade empresária,  pois precisaria passar por uma associação civil sem fins lucrativos. Por isso, a recuperação judicial não se aplica, já que faz menos de dois anos do fato.

Em nota, a Ulbra informou que vai recorrer e que a decisão da justiça não interfere na rotina acadêmica da rede, inclusive as inscrições para o vestibular de julho estão abertas.

 

Confira a nota da Aelbra

Confiante em que a Recuperação Judicial é a melhor solução para reorganizar as finanças da Rede Ulbra de Educação e solucionar as dívidas com os credores, a Aelbra, mantenedora da Instituição, informa que recorrerá da decisão que indeferiu o pedido de Recuperação Judicial.

A Aelbra reforça que a decisão judicial não interfere na rotina acadêmica, nem nas atividades das escolas de Educação Básica da Rede Ulbra de Educação. Todas as disciplinas previstas continuam ofertadas, os trabalhos acadêmicos e escolares seguem normalmente, assim como o calendário de aulas, demais atividades e o Vestibular Ulbra 2019/2, que está com as inscrições abertas.

O pedido de Recuperação Judicial faz parte de um plano de reestruturação da Instituição, iniciado em outubro de 2018. O objetivo é quebrar o ciclo de dificuldades financeiras que impede a Instituição de estancar e solucionar sua dívida. A medida possibilitará que a Instituição equacione seus débitos, preservando a continuidade das atividades educacionais e os ativos de valor.

Agradecemos, mais uma vez, as manifestações de apoio que estamos recebendo de alunos, colaboradores, sindicatos e da comunidade. Essas mensagens reforçam a confiança de que estamos no caminho certo para manter a Ulbra entre as mais relevantes instituições de ensino do país.

Paulo Augusto Seifert
Diretor-presidente da Aelbra

 

Foto: Divulgação Ulbra

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