A Secretaria Estadual da Saúde comunicou o encerramento dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva adulto do Sistema de Saúde exclusivos para pacientes com covid-19 no Rio Grande do Sul.

 

O fim desses leitos ocorre por decisão do governo federal, e estava previsto para 31 de dezembro de 2021. No entanto, com chegada da  Ômicron e os pedidos de governadores e prefeitos, a mudança foi adiada duas vezes.

 

 É a oficialização do fim dos leitos de covid, que já estavam desativados, não tinham mais financiamento (do governo federal). Eles estavam sendo contabilizados porque a estrutura estava lá (nos hospitais). Então, foi mais uma medida administrativa — explica Eduardo Elsade, diretor do departamento de regulação da Secretaria Estadual de Saúde.

 

O Ministério da Saúde determinou a reclassificação dos leitos que permanecerão ativos no Brasil como UTIs convencionais “o quanto antes, para evitar inconsistências nas unidades”, conforme nota destinada a gestores, publicada no site Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde  neste mês.

 

— (O paciente com covid-19) será tratado como se tivesse uma infecção por H1N1 ou outra virose. Ele será isolado se estiver na fase de transmissão — explica o diretor do departamento de regulação da SES.

 

De acordo com Eduardo Elsade, a grande maioria dos equipamentos adquiridos para combater o covid ficará nos hospitais. O que não está mais nas instituições de saúde são os dispositivos alugados pelo Estado, que foram devolvidos para evitar custos desnecessários. Elsade acrescenta que, em um cenário de aumento de casos graves, o sistema de saúde estadual terá estrutura para suprir a demanda por atendimentos.

 

“Apesar do encerramento, o número de leitos que continuarão em atividade é considerado suficiente para atender a demanda da população gaúcha, de acordo com recomendações da OMS e Ministério da Saúde, que é de ao menos um leito para cada 10 mil habitantes”, informou a Secretaria Estadual da Saúde.

 

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