Foto: Juliano Verardi – DICOM/TJRS

Foi condenada no final da noite de hoje Alexandra Salete Dougokenski, mãe do menino Rafael, Winques, morto em maio de 2020. Considerada culpada, a ré recebeu a sentença de 30 anos e oito meses de prisão. Ela foi a júri pelo homicídio do filho, respondendo por homicídio qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. O julgamento foi presidido pela juíza Marilene Parizotto Campagna.

Alexandra Dougokenski responsabilizou o ex-companheiro Rodrigo Winques pela morte do filho. Segundo ela, Rodrigo chegou até a residência em um veículo e amarrou Rafael com uma corda. Ele estaria acompanhado de um outro homem a quem Alexandra disse não conhecer. Alexandra afirma que foi o ex-companheiro Rodrigo Winques quem colocou o corpo de Rafael na caixa em que o menino foi encontrado 10 dias depois.

Na segunda-feira (16), primeiro dia do julgamento, depuseram Ana Maristela Stamm, ex-professora de Rafael; o delegado Ercilio Raulileu Carletti, que conduziu as investigações na época do crime; e o delegado Eibert Moreira Neto, que começou a participar do caso após a polícia do local encontrar o corpo.

Já no segundo dia, foram ouvidos Delvair Pereira de Souza, ex-namorado de Alexandra; Anderson Dougokenski, filho de Alexandra e irmão de Rafael; e Rodrigo Winques, pai da vítima. Prestaram depoimentos também a professora Ladjane Ravagio; a mãe de Alexandra e avó de Rafael, Isailde Batista; Alberto Moacir Cagol, tio de Rafael e irmão de Alexandra; e a perita criminal Bárbara Zaffari Cavedon.

No terceiro dia de júri, houve interrogatório da ré Alexandra Dougokenski. Após essa etapa, os jurados assistem ao debate entre acusação e defesa, antes de se reunirem para definir se a denunciada é culpada ou inocente.

A Justiça de Farroupilha determinou que a Polícia Civil realize novas investigações sobre a morte de José Dougokenski, ex-companheiro de Alexandra Dougokenski. Ele foi encontrado morto em 2007, num caso inicialmente concluído como suicídio. A família suspeita que ele tenha sido morto e por isso o caso foi reaberto.

O juiz Enzo Carlo de Gesu acolheu pedido do Ministério Público e do assistente de acusação para que 15 testemunhas sejam novamente ouvidas. O magistrado determina que a polícia vá até a casa, em Linha Julieta, interior de Farroupilha, para ver se ela ainda existe e para que lá possa ser feita a reconstituição do caso. Por fim, o juiz manda que a Polícia Civil busque o registro de ligações à Brigada Militar do dia 5 de fevereiro de 2007, quando o crime aconteceu.

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