A chegada do frio auxilia na redução da quantidade de mosquitos adultos, mas os cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti devem continuar, mesmo no inverno. Conforme orientações do Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), algumas medidas podem ser adotadas neste período para eliminar os ovos deixados no ambiente, que darão origem à nova população de mosquitos quando esquentar. “Esses ovos foram colocados pelas fêmeas em locais passíveis de acúmulo de água”, comenta o médico veterinário Luiz Felippe Kunz Júnior.

Entre as orientações estão recolher do pátio o material que pode ser descartado, como latinhas, potes plásticos, garrafas PET, vidros, copos descartáveis, colocando em saco plástico para coleta seletiva do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). Importante limpar com esponja e sabão a parte interna de utensílios domésticos e de jardinagem, como baldes, bacias, potes e regadores. Após, colocá-los secos em local coberto. A mesma limpeza deve ser feita com os pratinhos de vasos de plantas.

O número de casos confirmados de dengue em Porto Alegre chegou a 436 neste ano, dos quais 418 foram contraídos na cidade, chamados autóctones. O levantamento foi atualizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na tarde desta terça-feira, 16. O bairro com maior registro de casos confirmados continua sendo o Santa Rosa de Lima, com 330 pacientes infectados.

Os outros 88 casos contraídos na cidade estão divididos em 18 bairros: Bom Jesus, com 20 casos; Jardim Lindoia, com 16; Jardim Floresta com 13; Jardim Carvalho com nove; Sarandi com sete; Rubem Berta com seis; Mario Quintana com três; Jardim Leopoldina, Floresta e Lomba do Pinheiro com dois casos cada um; Cristo Redentor, Sétimo Céu, São Sebastião, Vila Ipiranga, Jardim São Pedro, Morro Santana, Vila Nova e Partenon registraram respectivamente um caso em cada bairro.

Os 18 casos importados que completam o número de 436 pacientes são de pessoas cujos locais prováveis de infecção são: dois de Fernando de Noronha (PE), um de Palmas (TO), um de Belém do Pará (PA), um de Vitória (ES), um de Betim (MG), um de São José do Rio Preto (SP), um de Campinas (SP), dois de São Paulo (SP), dois do Rio de Janeiro (RJ), um de Dourados (MT), um de Marechal Cândido Rondon (PR), um de Canoas (RS), um de Teresina (PI), um de Novo Hamburgo (RS) e um de João Pessoa (PB).

Os números são do boletim emitido pela Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da SMS e estão sujeitos à revisão. Em 2019, mais de 90 pulverizações foram feitas nos bairros com transmissão confirmada.

Foto: Luciano Lanes/PMPA

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