O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, realizou hoje (14) reunião virtual com mais de 130 prefeitos para alinhar detalhes do programa de vacinação contra a Covid-19. No encontro, Pazuello afirmou que a vacinação em todo o país começará no dia 20 de janeiro, às 10h, após a distribuição simultânea das vacinas.
A confirmação oficial depende de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o uso emergencial das vacinas Coronovac e Astrazeneca. A decisão será anunciada no domingo (17). Na próxima terça-feira (19), o governo federal divulgará o plano completo de vacinação, com os quantitativos e o cronograma.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), esteve presente e disse que a prefeitura está mobilizada para iniciar a vacinação, mas sinalizou que inicialmente as cidades receberão um carregamento limitado e restrito aos grupos prioritários.
“Virá pouca vacina neste momento. Temos uma população idosa que não é pequena, além dos trabalhadores da saúde. O governo federal ainda não precisou a quantidade de doses, mas Porto Alegre está preparada para receber a vacina”, disse.
O primeiro lote importado da vacina AstraZeneca, com 2 milhões de doses, deve chegar aos estados na segunda-feira (18). Além disso, o Ministério da Saúde também prevê a distribuição inicial de oito milhões de doses da vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan.
A Secretaria Municipal de Saúde trabalha na criação da estratégia de distribuição do imunizante na capital, com mapeamento dos públicos prioritários e a logística nas unidades de saúde. A operação deve ser realizada em conjunto com universidades e forças de segurança.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), os grupos prioritários para a campanha são profissionais na linha de frente em contato direto com o vírus, como pessoas que trabalham em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), centros de triagem e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de idosos em lares de longa permanência; idosos com mais de 80 anos; de 75 a 79 anos; de 70 a 74 anos e indígenas e quilombolas. A estimativa é que cerca de 1 milhão de pessoas façam parte do grupo.
Foto: Mateus Raugust/PMPA