Uma iniciativa do Ministério Público do RS, em parceria com a Prefeitura de Gravataí, por meio das secretarias de Inovação, Ciência e Tecnologia e de Educação, está levando smartphones apreendidos em casas prisionais para as mãos de alunos e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Madalena, no bairro Rincão da Madalena.
A entrega de dez aparelhos ocorreu na semanada passada na sede da Promotoria de Justiça de Gravataí. A iniciativa do MP-RS faz parte do projeto Alquimia II, que se iniciou durante a pandemia com o objetivo de recuperar telefones celulares apreendidos para que fossem usados por estudantes de escolas públicas em ensino remoto. Além de Gravataí, outros municípios já foram contemplados, começando por Osório e Maquiné, e depois em Lajeado, Santiago, São Borja e Bento Gonçalves.
Esta é a terceira entrega que Gravataí realiza, tendo sido a primeira no último dia 5 de março para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Bom Jesus, do bairro Cruzeiro; e a segunda no último dia 25 de abril para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Osório Ramos Corrêa, do bairro São Jerônimo.
Após apreendidos, antes de serem destinados às escolas, os celulares são encaminhados ao Laboratório de Projetos em Engenharia da Escola Politécnica da PUC, onde passam por processos de higienização, formatação, troca de peças, quando necessário, e instalação dos aplicativos que serão usados pelos estudantes. Depois disso, retornam ao MP-RS e são entregues em excelentes condições à escola, aptos para uso, com carregador e bateria.
A Emef Santa Madalena trabalha com o método de ensino de “metodologias ativas”, que são estratégias de ensino que têm por objetivo incentivar os estudantes a aprenderem de forma autônoma e participativa, por meio de problemas e situações reais, realizando tarefas que os estimulem a pensar além, a terem iniciativa, a debaterem, tornando-se responsáveis pela construção de conhecimento.
“O uso das metodologias ativas no âmbito escolar é um forte aliado na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, por meio do conceito de rede conectada de saberes que promove o desenvolvimento de todos. Causa impactos na formação integral do indivíduo, devido às atividades influenciarem o diálogo, a reflexão e a criticidade, desenvolvendo competências que são essenciais para a sociedade contemporânea, a sociedade do conhecimento, que está imersa em tecnologias de informação e comunicação.”, declara a diretora Elaine Teresinha.
Sendo assim, a escola pretende criar um acervo de telefones celulares para o uso coletivo em sala de aula. A escola dispõe de internet, e proverá recursos por meio de ações entre parceiros para aquisição dos chips. O acervo estará disponível para o uso nas salas de aula através de agendamento prévio do professor, de acordo com o plano de ensino da turma, sendo um recurso que possibilitará aos alunos o acesso a uma ampla variedade de conhecimentos, jogos e conteúdos educativos, complementares à sua educação formal.
Ao longo dos próximos meses, são planejadas mais entregas para outras instituições de ensino do município. Diversos projetos estão em análise para o recebimento dos smartphones.