Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) divulgou as estimativas mais recentes sobre câncer no mundo, indicando a ocorrência de 18,1 milhões novos casos e 9,6 milhões de mortes por câncer em 2018. O pesquisador e oncologista do Hospital do Câncer Mãe de Deus, Dr. Stephen Stefani, informa que os índices de incidência e de mortalidade vêm aumentando. No caso do Brasil, as estimativas apontam que, na próxima década, o câncer será a principal causa de morte.

O banco de dados GLOBOCAN 2018, parte do IARC Global Cancer Observatory, fornece estimativas de incidência e mortalidade em 185 países para 36 tipos de câncer e para todos os tumores combinados. De acordo com o Dr. Stefani, a análise dos resultados publicada no Cancer Journal for Clinicians destaca a grande diversidade geográfica na ocorrência de câncer e as variações na magnitude e perfil da doença entre as regiões. Países de renda menor sofrem mais o impacto do crescimento e o oncologista alerta que enfrentarão um aumento ainda maior da doença.

Em ambos os sexos, o câncer de pulmão é o mais comum (11,6% do total de casos) e também a principal causa de morte por câncer (18,4% do total de mortes por câncer).  Os outros tipos de câncer com percentual mais alto de incidência entre homens e mulheres são câncer de mama feminino (11,6%), câncer de próstata (7,1%) e câncer colorretal (6,1%). Já os que provocam mais mortes são câncer colorretal (9,2%), câncer de estômago (8,2%) e câncer de fígado (8,2%).

Entre as mulheres, o câncer de mama é o câncer mais comumente diagnosticado e a principal causa de morte por câncer, seguida por câncer colorretal e de pulmão. O câncer do colo do útero ocupa o quarto lugar tanto na incidência quanto na mortalidade. Entre os diversos países e regiões os tipos de câncer e o índice de mortalidade variam dependendo do grau de desenvolvimento e fatores associados ao estilo social e de vida. No entanto, a IARC destaca que na maioria dos países de baixa renda não estão disponíveis dados de qualidade sobre a incidência da doença e que são a base para o planejamento e implementação de programas de controle de câncer baseados em evidências.

Dr. Stefani considera que ainda há muito a fazer em relação às políticas públicas de saúde voltadas à prevenção. “Uma cadeia de prevenção eficiente, desde informar até efetivamente tratar no prazo correto os casos identificados, além de programas de formação profissional alinhados com necessidade que teremos, entre outras iniciativas”.

 

Fonte: Moglia Comunicação

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