Vivemos uma sociedade imperfeita, excludente e violenta e ultimamente cara. Nesse contexto o discurso falso que vende o paraíso é mais fácil que o enfadonho discurso de que é preciso trabalhar e suar para merecer a doce recompensa. Nesses cenários é que a demagogia normalmente cresce, as promessas fáceis se tornam sedutoras, os supostos favores dos governos (supostos poque não existe almoço grátis) são o canto da sereia e os pseudo salvadores da pátria ( das políticas do pão e circo) reaparecem. Porém o que muitos esquecem ou preferem ignorar, encantados pelo imediatismo, é que cedo ou tarde a conta chega. É como o cara aquele que vendeu a alma pro diabo.

Quando as pessoas falam que na época do Lula a vida para os mais pobres tava mais fácil, se esquecem que a conta daquela gastança veio ainda na época do próprio PT. Dilma não caiu só porque não conseguia articular uma frase, nem por causa da Lava Jato, Dilma caiu porque o Brasil encolheu, o PIB teve o pior desempenho em 127 anos, o desemprego bateu recorde, e por aí fomos, ladeira abaixo, numa crise que ainda não recuperamos. Quando comparam 2,5 anos de Bolsonaro com esse passado, se esquecem é dessa herança, desse fardo – e de uma pandemia bíblica que nos atropelou ao mundo desde 2020. Serão necessários 10 anos de austeridade e liberdade econômica pra vencer o buraco no qual o PT nos enfiou.
Na verdade Lula herdou a estabilidade do plano real e um bom momento da economia mundial, surfou a onda. Mas não só não fez as reformas que o Estado brasileiro ainda precisa como aumentou demais a despesa pública, inclusive dando dinheiro do Brasil aos seus aliados políticos da região.

Hoje no cenário políticos esse pessoal querendo voltar ao poder, reabilitados por uma Suprema Corte militante e um outro lado falando em terceira via. O historiador inglês Robert Conquest, conhecido pela obra “as três leis da política”, ensinou que “toda a organização que não é declaradamente de direita se transforma no fim das contas numa organização de esquerda”.

Esta é a luta que temos pela frente, garantir que valores admiráveis como paz, liberdade, lei, civilidade, segurança, propriedade, família, respeito, não sejam substituídas por uma nova luta de classes do séc. XXI, as políticas identitárias.

O trabalho de destruição de valores é fácil, rápido, recreativo. Estamos em desvantagem, as promessas igualdade e justiça dos nossos adversários são excitantes, porém falsas como sempre foram. As nossas, verdadeiras, mas laboriosas, como sempre foram também. Não se trata somente dos valores que não queremos perder, mas do futuro melhor que queremos ganhar.

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