A Biblioteca da Escola de Gestão Pública (EGP) da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap), em comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil, destaca nesta segunda-feira, 18, a obra Meu Ori, de autoria do servidor Gilberto Soares. A convite da Biblioteca da EGP, o servidor esteve na quarta-feira, 13, em visita ao espaço e falou sobre a sua produção e seus planos futuros como escritor. Também fez a doação de seu romance Ona Ti Ominira – Caminho da Liberdade (2020).

Alex Rocha/Prefeitura de Porto Alegre
ADMINISTRAÇÃO E PATRIMÔNIO
Espaço possui em torno de 80 obras infantojuvenis

O secretário adjunto de Administração e Patrimônio, Jorge Hias, parabeniza a EGP pela iniciativa de identificar talentos entre os funcionários da prefeitura e pela oportunidade de mostrarem as suas obras. “A prefeitura tem entre seus quadros pessoas talentosas que até então estavam adormecidas, e a EGP vem estimulando para que seus trabalhos sejam divulgados à comunidade”, destaca.

O autor – Soares é servidor da Guarda Municipal desde 3 de dezembro de 1985 e atualmente está em licença de aposentadoria. Além de escritor, é ativista em ONGs, coletivas, associações culturais e atua na criação de projetos, como Saúde e Cidadania Quilombola e Saúde e Sexualidade da Mulher Negra, voltados para comunidades de periferias.

O servidor sempre teve interesse pelo tema da ancestralidade que está diretamente conectado com a sua história de vida como pessoa afrodescendente. Em 2005, começou a escrever contos, histórias infantis para o coletivo contar nos eventos da comunidade às crianças, e um romance afro Ona Ti Ominira – Caminho da Liberdade. Além disso, produziu os filmes de curta-metragem (animações) Nanã Aje Olowosan – Nanã a Feiticeira Curandeira e Colorismo Negro, lançados em 2021.

Para o autor, sua participação na celebração do Dia Nacional do Livro Infantil na Biblioteca da EGP é uma oportunidade de incentivar discussões sobre equidade racial entre os colegas da prefeitura. Precisamos cada dia mais oportunizar, criar espaços e políticas de inclusão social como concursos de leituras, produção de filmes e ensinar as pessoas a escreverem suas histórias, com seus heróis”, aponta.

A obra – O livro infantil Meu Ori é da série Num Quilombo Tão, Tão Gaúcho e traz a história de uma princesa quilombola Lívia Ayana (que significa bela flor – origem etíope). Ela tinha dificuldade de aceitar seu cabelo, mas andando pelo quilombo encontra os seres encantados, Amótia e as Oberins Igôs. Vê nelas suas referências e passa admirar a força de sua ancestralidade.

A coordenadora da Biblioteca da EGP, Gicelli Farias, informa que o espaço possui em torno de 80 obras em seu acervo infantojuvenil. “Entre elas, podemos destacar obras de autores consagrados na literatura, como Vovô fugiu de casa, de Sérgio Caparelli, A casa das quatro luas, de Josué Guimarães, e Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, de Moacyr Scliar”, informa.

“Devemos incentivar e conscientizar as pessoas a respeito da importância da leitura e desde os primeiros anos de vida devemos introduzir o hábito de ler. A literatura infantil é a porta de entrada para o desenvolvimento do sentimento de prazer em ler, e os servidores podem contar com o acervo da biblioteca nessa importante tarefa”, aponta a coordenadora da EGP, Fernanda Jardim.

Dia Nacional do Livro Infantil – Foi criado pela Lei nº 10.402, de 8 de janeiro de 2002. É comemorado anualmente em 18 de abril, data natalícia do escritor Monteiro Lobato, considerado o pioneiro, o pai da literatura infantil brasileira. A data também celebra a literatura infantil brasileira como um todo, em que autores desse gênero, bem como seus livros, são lembrados nessa ocasião.

Fonte: Prefeitura de Porto Alegre

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