A Operação Leite Compensado, que investiga empresas acusadas de comercializarem leite adulterado, completa seis anos, nesta segunda-feira (20). Já foram R$ 12 milhões pagos por indústrias e postos de resfriamento de leite em Termos de Ajustamento de Conduta assinados junto à Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor.

Desde 2013, foram realizadas 12 Operações Leite Compensado e quatro Queijo Compensado, em 84 municípios gaúchos. Em todas elas 276 pessoas foram denunciadas. Até o momento 24 pessoas foram condenadas criminalmente (todas estão no regime semiaberto ou já cumpriram suas penas).

Além disso, existem 15 sentenças de condenação em ações coletivas de consumo ajuizadas contra transportadores, indústrias e postos de resfriamento. O valor por condenações varia de R$ 50 mil a R$ 200 mil, elas ainda não foram pagas devido a solicitações de recursos das defesas.

Restam ainda 43 ações semelhantes, ainda pendentes de julgamento.

 

As investigações

Após o Ministério da Agricultura identificar a presença de formol em amostras de leite em postos de resfriamento no Rio Grande do Sul, o Ministério Público foi procurado para apurar os responsáveis pela adulteração.

Em 2013, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor recebeu, um mostra que continha a fórmula utilizada para aplicar ureia e  mascarar a adição de água no leite. A ação foi comprovada na fase um e dois das investigações.

Nas demais fases, foi apurado a coleta de leite já em estágio de decomposição, o que barateava o custo do produto final. Para recuperar o leite estragado, eram adicionadas substâncias como peróxido de hidrogênio e soda cáustica.

 

Foto: Divulgação MP/RS

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