Foto: Instituto Geral de Perícias (IGP-RS)

O Instituto Geral de Perícias (IGP) realizou a reconstituição do caso do jovem Gabriel Marques de Cavalheiro, morto no dia 12 de agosto. A perícia presencial ocorreu em frente a casa onde Gabriel foi abordado pelos brigadianos e também na região onde ele teria sido deixado pelo policiais. 

A reconstituição durou mais de 13 horas. A perícia começou com a fala de cinco testemunhas, que foram acompanhadas por seus advogados e representantes do Ministério Público Estadual (MP-RS), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Brigada Militar (BM). O objetivo desta etapa foi apurar se a versão das testemunhas e envolvidos coincide com as demais provas periciais.

“As versões apresentadas pelos investigados foram bastante semelhantes entre si e a das testemunhas foram distintas. Então, agora a gente passa para etapa da análise técnica deste material para verificar e apresentar no laudo pericial as conclusões em relação as incongruências e as congruências que foram manifestadas neste trabalho”, explica a perita criminal responsável pela reconstituição, Bárbara Cavedon.

A maior parte do trabalho realizado pela perícia aconteceu na frente da casa onde Gabriel foi abordado na Avenida Sete de Setembro em São Gabriel. Enquanto que a parte final foi realizada na localidade chamada Lava-pé, onde os policiais afirmam que deixaram Gabriel ainda com vida. 

Relembre o caso

O jovem Gabriel Marques Cavalheiro de 18 anos desapareceu após uma abordagem realizada por brigadianos no dia 12 de agosto em uma casa onde ele estava hospedado, pois iria cumprir serviço militar obrigatório na cidade. O corpo dele foi encontrado uma semana depois em um açude no interior do município. A causa da morte apontada pelo laudo da necrópsia foi uma hemorragia interna provocada por lesão na região cervical.  Os três policiais militares são acusados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. 

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