Caroline Musskopf
Um estudo inédito no Brasil busca entender aspectos como a propagação e a velocidade da Covid-19 no Rio Grande do Sul, coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). O Instituto de Pesquisa e Opinião (IPO) será a empresa responsável pelo trabalho de coleta de dados. O reitor da Universidade, Pedro Hallal, afirma que os primeiros resultados serão conhecidos em uma coletiva de imprensa na quarta-feira (15). A partir dessa divulgação, será possível a elaboração de estratégias de saúde pública para o enfrentamento da pandemia.
“O número de casos divulgados hoje é uma estimativa grosseira do número real […] a população tem respondido à demanda, tem respondido às entrevistas e queremos registrar aqui o nosso agradecimento” afirma à RDC TV Bernardo Lessa Horta, professor do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Ufpel. Mais de 4 mil testes já foram realizados e a meta para o total da primeira fase da pesquisa são 4.500 testes.
Como funciona o teste
O teste rápido, de fácil execução, utiliza uma amostra de sangue da ponta do dedo, que será analisada pelo aparelho de testes em aproximadamente 15 minutos. Com isso, é detectada a presença de anticorpos, isso significa que são identificados os casos em fase final do vírus, casos assintomáticos e pessoas já curadas. O levantamento será realizado através de visitas domiciliares com cerca de 18 mil pessoas. Os participantes serão submetidos a um teste rápido para a Covid-19 e responderão a um questionário de 10 minutos sobre sintomas do coronavírus e práticas de isolamento social para prevenção da doença. A pesquisa está sendo feita em 9 Municípios: Pelotas, Santa Maria, Santa Cruz, Uruguaiana, Passo Fundo, Ijuí, Caxias, Canoas e Porto Alegre.
O participante recebe o resultado do teste na hora. Todos os voluntários recebem treinamento especializado para uso de EPIs, aplicação dos testes, medidas de higienização e cuidados de segurança à saúde.
