Em uma Assembleia Geral com mais de 4.000 Policiais Civis, a categoria deliberou, com votação unânime, entrar em greve na mesma data em que o Pacote do Retrocesso do governo Eduardo Leite entrar em votação na Assembleia Legislativa. A avaliação do Pacote pelos deputados estaduais está prevista para ter início no dia 17 de dezembro.

A movimentação dos (as) Policiais Civis começou no período da manhã desta terça feira. Delegações do estado, chegavam a Porto Alegre e começavam a se dirigir ao Palácio da Polícia. O forte calor da capital do estado não intimidou os (as) Policiais Civis.

Foto: Divulgação/ UGEIRM

O carro de som foi ligado e a direção da UGEIRM deu início à Assembleia

Por volta das 13h30min o carro de som foi ligado e a direção da UGEIRM deu início à Assembleia. Antes da palavra ser aberta aos representantes das várias regiões, o microfone foi passado para o presidente do SINPRF/RS (Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do RS), Maicon Nachtigall, que se dirigiu aos presentes empenhando seu apoio à mobilização dos Policiais Civis gaúchos e explicando a conquista conseguida pela sua categoria, da Paridade e da Integralidade a todos os Policiais Rodoviários Federais. Nachtigall afirmou que essa conquista foi fruto da mobilização da sua categoria e aponta o mesmo caminho para os Policiais Civis gaúchos, contando com o apoio dos Policiais Rodoviários federais gaúchos.

As propostas de aumento das alíquotas de contribuição à Previdência, que redundarão em redução salarial para ativos e inativos, de divisão da categoria em duas com a negação da Paridade e da Integralidade aos Policiais que ingressaram a partir de 2015, os cinco anos de atraso de salários, o fim das promoções periódicas e o  calendário de convocação dos aprovados no último concurso, foram alguns dos pontos citados durante as manifestações.

Um dos pontos ressaltados pelos manifestantes, foi de que não se trata de ser contra ou não ao PL 509, que estabelece os limites da Paridade e da Integralidade, mas de garantir que esses direitos sejam garantidos a toda a Polícia Civil. A divisão da categoria em duas, de acordo com sua data de ingresso, é extremamente danosa e não tem justificativa. Como ressaltou um dos policiais, “na hora que o policial está nas ruas combatendo a criminalidade, o criminoso não quer saber a data de ingresso na instituição, todos estão sujeitos aos mesmos riscos e perigos inerentes à profissão”.

Após a manifestação dos representantes das regiões e dos departamentos especializados, a direção do sindicato encaminhou a votação da proposta de greve contra o Pacote de Eduardo Leite. A votação unânime decidiu a entrada em Greve, com início no próximo dia 16, véspera da data para qual está previsto o início da votação do pacote. Foi aprovado também que, em caso de adiamento da votação e retomada posterior em janeiro, a greve será suspensa e retomada para acompanhar a movimentação do parlamento gaúcho.

A assembleia decidiu também convocar a categoria a suspender a participação em operações a partir desta quarta-feira (11). O vice-presidente da UGEIRM, Fabio Castro, ressaltou que essa não é uma greve da UGEIRM, mas da categoria que deliberou de forma soberana e unânime pela deflagração do movimento paredista. Portanto, é importante que todos assumam e se comprometam pelo sucesso da mobilização.

Reportagem: Marina Espíndola/Informações UGEIRM

Fotos: Luiza Castro/ UGEIRM

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