A Polícia Civil deflagrou a Operação Conde nesta quarta-feira (28), em Porto Alegre. Os policiais cumpriram 15 ordens judiciais entre mandados de prisão e busca e apreensão. Os alvos principais foram os supostos gerentes do esquema criminoso. Três pessoas foram presas.

A investigação apontou um esquema organizado de distribuição e venda de drogas, nos moldes empresariais, com divisão de tarefas e distribuição de funções. A forma principal das vendas se dava por meio de tele entrega, sendo usados diversos veículos e motoristas, agindo através de aplicativos de comida e transporte. O grupo mantinha uma clientela fixa para aquisição dos entorpecentes.

A liderança do grupo, segundo informações, estaria sendo exercida de dentro do sistema prisional, por um indivíduo, que foi preso na Operação Austral desencadeada pela mesma delegacia em 2016, na qual, 16 suspeitos de tráfico de drogas foram presos e houve apreensão de dois quilos de drogas, oito armas, e mais de R$10 mil, em dinheiro.

Foi apurado que existiria até uma espécie de controle de qualidade das entregas e também um controle da produtividade dos suspeitos envolvidos nas atividades. Atendendo um público específico em universidades, shoppings, supermercados e áreas residenciais.

O delegado Guilherme Calderipe explicou que o grupo utilizava aplicativos de transporte de passageiros e comida para efetuar as entregas. Segundo ele, conforme levantamento recente, cada moto de entrega lucrava o equivalente a R$120 mil, por mês. O delegado esclarece que aqueles usuários que foram identificados nos aplicativos e no WhatsApp durante a apuração, poderão ser chamados para esclarecer partes do esquema de tráfico.

 

Foto: Polícia Civil/Divulgação

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