A Prefeitura de Porto Alegre divulgou, na tarde desta sexta-feira (29), o balanço da atual situação das finanças para 2021. De acordo com o levantamento apresentado, Porto Alegre fechou 2020 com insuficiência financeira de R$ 69,9 milhões. Para 2021, o Paço Municipal projeta um desequilíbrio entre receitas e despesas na ordem de R$ 1,32 bilhão.

De acordo com a apuração levantada pelo secretário municipal da Fazenda, Rodrigo Fantinel, a prefeitura somava, em 31 de dezembro de 2020, o montante de R$ 278.295.000 em obrigações fiscais. Em reunião, foi colocado que “não há recursos sobrando” pelo montante de débitos com fundos, autarquias e terceiros ser maior do que o saldo disponível, de R$ 208,380.460 milhões. 

O balanço do ano passado apresenta receita de R$ 7,5 bilhões e despesa de R$ 6,9 milhões. O resultado orçamentário ficou em R$ 686 milhões. 

Já em relação às despesas com pessoal,  o valor chega a R$ 2,8 bilhões, o que corresponde a 41,81%. O limite de alerta é de 48,6%. As despesas com saúde ficaram em 18,08% da Receita Líquida de Impostos e Transferências. O mínimo constitucional é de 15%. Já as despesas com educação ficaram em 25,25% e o limite mínimo constitucional é de 25%.

O gasto do tesouro com Previdência foi de R$ 1,04 bilhão e tem previsão de atingir R$ 1,29 bilhão em 2021. 

Em reunião, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), voltou a ressaltar a necessidade de inspeção e diagnóstico da operação na Companhia Carris Porto Alegrense (Carris), para analisar gastos com combustível, desvios de função de funcionários, afastamentos por atestados e custos gerais.

“Ano passado, se botou R$ 72 milhões de reais na carris e R$ 40 milhões no sistema privado, em acordo assinado na Justiça”, frisou Melo.

O prefeito também afirmou que uma nova audiência no Judiciário será realizada na quarta-feira (03), às 14h, para mediação da nova tarifa do transporte público.

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