O volume de consumidores com contas em atraso na Região Sul sofreu uma pequena diminuição em setembro, de acordo com o levantamento mensal realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). No Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná o número de devedores negativados passou de 8,51 milhões de moradores da região com restrições ao CPF, em agosto, para 8,46 milhões no nono mês do ano. Isso representa cerca de 37,2% da população adulta dos três estados.

Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, o quadro continua refletindo os problemas que as famílias encontram para equilibrar seu orçamento, enfrentando dificuldades como desemprego e queda de renda.

– Como já falamos em outras ocasiões, a reversão desse quatro tende a ocorrer quando o mercado de trabalho for revigorado. Com mais pessoas empregadas a renda familiar voltará a crescer e, por consequência, a capacidade de pagamento dos consumidores será incrementada. Esperamos que a definição dos nossos governantes agora em outubro traga um novo fôlego para a economia do país – avalia Vitor Augusto Koch.

É importante lembrar que as restrições ao CPF impedem que os clientes negativados possam obter financiamentos ou realizar compras parceladas. Diante disso, o presidente da FCDL-RS reforça que os devedores procurem quitar seus débitos sempre que disponham de algum recurso financeiro extra.

Nesse sentido, Vitor Augusto Koch destaca que os consumidores inadimplentes priorizem o pagamento das dívidas que possuem juros mais elevados, uma vez que elas crescem de forma vigorosa caso o débito não seja quitado.

No que diz respeito ao número de dívidas em atraso em nome de pessoas físicas, houve recuo na Região Sul de -1,44% na comparação anual entre setembro de 2018 e o mesmo mês de 2017. A média no RS, SC e PR é de 2,1 dívidas em aberto por pessoa inadimplente.

Em todo o Brasil o levantamento da CNDL e do SPC apontou que o total de negativados chegou a 62,4 milhões ao final de setembro, o que representa 40,6% da população adulta brasileira.  A maior parte dos inadimplentes (51,5%) está na faixa etária dos 30 aos 39 anos. São 17,7 milhões de pessoas que não conseguem honrar seus compromissos financeiros. Na população mais jovem, os números também são expressivos: 7,7 milhões de inadimplentes entre 25 a 29 anos e 4,4 milhões com contas atrasadas têm entre 18 e 24 anos. Na faixa etária entre 65 e 84 anos, estima-se um total de 5,4 milhões de consumidores com o CPF restrito.

 

Fonte: Comunicação FCDL-RS

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