Saga Velozes e Furiosos: Do Pior ao Melhor

Depois de mais de duas décadas, a saga Velozes e Furiosos já passou por inúmeras transformações. Seja com foco em corridas de ruas,  na ação desenfreada, novos protagonistas e spin-offs, a franquia passou por quase tudo.

Acelerando os motores para o décimo capítulo da saga mais família do cinema, aqui vai uma lista dos melhores e piores filmes da turma de Dominic Torreto. Prepare o cinto de segurança, liga o neon do seu carro e vamos nessa.

11° Velozes e Furiosos 9 (2021)

Forçado ao extremo, Velozes e Furiosos 9 é sem dúvidas o ponto mais baixo da franquia. O roteiro é pavoroso, com absurdos que incomodam, seguido de cenas de ação que não empolgam, personagens mal aproveitados e uma conexão familiar do vilão com o protagonista que beira o ridículo.

Nada aqui faz sentido, seja pela ida ao espaço, carro-foguete, retornos de personagens justificados por um fiapo narrativo. É falho em todos os sentidos e tem decisões narrativas pífias até mesmo para uma saga que deixou de se levar a sério faz bastante tempo.

1o° + Velozes + Furiosos (2003)

Único filme sem nenhum envolvimento de Vin Diesel, confesso que eu gosto de + Velozes + Furiosos. O segundo filme da franquia conta com uma trama simples, mas que consegue divertir, apresentando uma boa dinâmica entre Paul Walker e Tyrese Gibson, e mantendo a essência da franquia, que são as corridas de rua.

Não dá pra tirar da equação o quanto esse filme ficou datado, com um cgi já ultrapassado, mas que ainda tem seu charme. Além do mais, consegue ser icônico com frases como “Droga, é o Braian”, “O botãozinho do capeta” e o pulo com o carro no barco. Apesar da posição, recomendo ele principalmente pra quem curte uma trama focada nas corridas e não tanto na ação.

9° Velozes Furiosos 4 (2009)

Apesar de estar uma posição a cima, me divirto mais com o filme de 2003. Aqui, temos a volta dos personagens originais, em um filme super importante para a construção do que temos hoje, já que foi o pontapé inicial para a ação e uma trama mais desapegada das corridas de rua.

Apesar das suas valências, acho Velozes 4 o mais entediante da franquia, seja pelo roteiro inconsistente, o ritmo capenga e personagens desinteressantes fora os protagonistas; O filme tem seus momentos, mas comparado ao que a franquia ainda vai nos apresentar, acho bem esquecível.

8° Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio (2006)

É o “Karatê Kid” dos filmes de Velozes e Furiosos. Sem Vin Diesel e Paul Walker, Desáfio em Tóquio apostou no drift, abandonou Los Angeles e Miami, e se aventurou em Tóquio.

Terceiro filme da franquia chegou com novos personagens, uma história independente que virou queridinha entre os fãs da franquia, seja pela icônica trilha sonora, a ambientação e ótimos personagens como o Han, que recentemente voltou “dos mortos”.

Convenhamos, que Desafio em Tóquio é bem fraco quando analisamos como filme, mas não tem como negar que fez história e talvez seja o filme mais original da franquia.

7° Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw (2019)

Primeiro (e único) spin-off da franquia até o momento, “Hobbs e Shaw” reforça a dupla dinâmica entre Dwayne Johnson e Jason Statham que funcionou bem nos capítulos 7 e 8 da trama principal.

Ambos se unem para deter uma ameaça megalomaníaca, que leva a saga praticamente para um sci-fi, com personagens superpoderosos, absurdos elevados ao máximo e um roteiro que se desprende bastante da turma do Toretto.

Carregado pelo carisma de seus protagonistas, o filme é um bom divertimento.

6° Velozes Furiosos 6 (2013)

Já abraçando o absurdo, Velozes e Furiosos 6 chega após o sucesso de “Operação Rio”, que carimbou a franquia ao gênero ação. Buscando ser mais e maior que seu antecessor, o sexto filme se passa em Londres e tem como premissa o resgate de Letty, que perdeu a memória, e agora trabalha com uma gangue rival.

O filme tem boas cenas de ação, fortifica o vínculo da “família” , o humor funciona e apresenta uma trama minimamente plausível para conseguir entreter. Apesar disso, o vilão e sua “trupe” são bem esquecíveis, o filme tem problemas de ritmo, ficando entediante lá pela metade, e a sequência final é arrastada demais.

Dito isso, vale ser assistido!

5° Velozes e Furiosos 10 (2023)

O último filme da saga (por enquanto), Velozes e Furiosos 10 é autoconsciente, mantém o legado da franquia e consegue divertir. É sim mais um filme extremamente mentiroso, com cenas de ação mirabolantes e situações que não fazem sentido algum, mas mesmo assim consegue entreter pelo absurdo.

Para quem gosta da franquia, é um prato cheio, pra quem não gosta, não é agora, no décimo filme, que vai gostar né? Além dos personagens já conhecidos, temos a adição de novas figuras ao elenco como Brie Larson, Alan Ritchson, Daniela Melchior e o próprio Jason Momoa.

Todos estão “ridiculamente” bem, destaque para Momoa que faz um personagem exagerado ao extremo, mas ao mesmo tempo totalmente imprevisível e sádico.

Vale conferir!

4° Velozes Furiosos 8 (2017)

Primeiro filme sem Paul Walker, Velozes e Furiosos 8 tinha a dura missão de seguir sem um dos seus grandes protagonistas. Lançado em 2017, o filme teve como grande novidade a ótima Charlize Theron, que faz uma ótima vilã com seus jogos psicológicos e atitudes sem nenhum escrúpulo;

A hacker divide Toretto da sua “família”, com uma premissa que me agradou bastante pela sua originalidade, até porque estamos falando do OITAVO filme, e conseguir surpreender a essa altura do campeonato, é de se elogiar mesmo.

Fora isso, é mais um Velozes e Furiosos, tudo o que já vimos no anteriores é elevado ao extremo, desta vez com direito a um submarino. Mas Velozes e Furiosos 8 tem o mérito de conseguir apresentar algo pelo menos diferente, me agrada esse capítulo da saga, apesar de não ser o que eu escolheria para rever em um domingo à tarde.

3° Velozes Furiosos  (2001)

Aqui tudo começou, o original sempre tem o seu valor e seria injusto deixar ele abaixo na lista. Vamos lá, ele não é um filme brilhante, longe disso, inclusive tem a cara dos anos 2000, envelhecendo mal em vários sentidos; Mas Velozes e Furiosos (2001), dirigido por Rob Cohen, é um clássico que trouxe com muita eficácia o submundo das corridas de ruas, os famosos rachas.

Idealizado através de um artigo na edição de maio de 1998 da revista Vibe, intitulado “Racer X“, escrito pelo jornalista Ken Li, sobre corridas de rua em Nova Iorque, o diretor Rob Cohen assistiu pessoalmente uma corrida de rua ilegal à noite, em Los Angeles.

Em seguida, o diretor persuadiu a Universal Pictures a fazer o filme e, assim, o estúdio comprou os direitos do artigo de Li. A trama apresenta Brian O’Conner, um policial que precisa se inflitrar na turma de Dominic Toretto, para investigar misteriosos roubos de videocassetes, isso mesmo, videocassetes, que estão acontecendo na região de Los Angeles.

O filme trabalha bem a relação de Brian e Dom, muito pela boa química em cena de Paul Walker e Vin Diesel. Fora essa boa relação e as corridas, Velozes e Furiosos é apenas um filme policial qualquer, longe de ser ruim, mas nada demais.

Tenho um carinho por ele por ser o primeiro e apresentar os nossos personagens, tem seu charme e marcou o inicío dos anos 2000. 

2° Velozes Furiosos  5 (2011)

Aqui é o Brasil! Velozes e Furiosos 5: Operação Rio é um dos mais lembrados da saga e um dos mais divertidos. Seja pelas inúmeras cenas icônicas entre Vin Diesel e The Rock, o Brasil representado em tela, os personagens dos filmes anteriores voltando, a música e o ritmo alucinante, o quinto capítulo da saga é puro suco de entretenimento;

Não posso esquecer também do fatídico cofre sendo arrastado pelas ruas do Rio, que é insano ao ponto de ser impossível não parar pra ver e não se divertir com os absurdos.

Operação Rio é diversão pura, logicamente tem seus problemas, mas comparando com os outros capítulos da saga, esse é um dos que eu mais recomendo para quem quer se aventurar nas peripécias de Toretto e sua família.

1° Velozes Furiosos  7 (2015)

Confesso que aqui eu chorei, Velozes e Furiosos 7 é puro coração e por isso está em primeiro. See You Again tocado ao final, representa de forma muito linda o que Paul Walker foi para a franquia, sendo impossível pelo menos não ficar com os olhos marejados ao ver a última corrida entre Brian O’Conner e Dominic Torreto.

Dirigido por James Wan, Velozes e Furiosos 7 não é bom só pelo adeus de Paul Walker, o filme é merecidamente o mais rentável nas bilheterias e também o melhor deles.

O melhor porque tem um ritmo muito bom, a ação acontece de forma rápida e fluída, tem um antagonista de luxo que é o ótimo Jason Statham, é recheado de homenagens aos filmes anteriores e tem muita personalidade.

Seja voando de um prédio a outro em Abu Dhabi, pulando de um avião com o carro e parando Los Angeles com ataques de drones.

Velozes 7 é tudo e mais um pouco.