| Lívia Rossa |
Em entrevista ao programa Portal RDC, desta terça-feira (25), o signatário que pediu impeachment do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, diz que ação não é ferramenta política. Carlos Frederico Brandt é autor formal do pedido de impeachment e afirmou que a abertura do processo não tem relação com o período eleitoral.
De acordo com Brandt, a reinvindicação surgiu por consequência do descontentamento com as ações do prefeito, como falta de diálogo e ausência de comunicação com a sociedade. O gasto do Fundo Municipal de Saúde, por conta da administração de Marchezan, com publicidade foi um dos primeiros sinais que fez com que o grupo ficasse em estado de alerta. Outra questão foi a dificuldade na reabertura do comércio.
“Após sofrer tanto com a pandemia, começamos a buscar fatos. Víamos verbas chegando e nos perguntamos se estavam sendo adequadamente utilizadas. Assim, começamos a revisar as contas públicas e encontramos verba, do Fundo Municipal de Saúde, sendo usado para campanhas publicitárias da gestão do prefeito e não para o combate da pandemia. Ficamos muito indignados”, afirmou.
O signatário afirma que é ativista em prol de um Brasil melhor e diz que, em grupo do qual faz parte, existem empresários e lojistas que vinham tentando conversar com o prefeito em relação às medidas restritivas das atividades e não tinham retorno. “Estamos com nossas empresas fechando e sofrendo bastante com o impacto. Há muita gente perdendo emprego e sendo demitida”, acrescentou.
Sobre a fala de Marchezan sobre a utilização do pedido de impeachment como ferramenta política, Brandt diz que, de fato, uma das signatárias é candidata, mas que a concorrência não tem relação com o pedido.
“A verba que ele deveria estar utilizando para o combate à pandemia, está usando para auto-promoção. Ele, sim, se utiliza de propósitos eleitorais e partidários. Peço para todos que revejam o que ele falou na live e verão diversas incoerências no que ele tem dito e o que tem feito. Queremos, justamente, que seja feita uma investigação apurada e essa verba que nós entendemos que foi mal utilizada, se ela foi realmente utilizada da melhor forma”, finalizou.
