Ontem (24) em uma reunião extraordinária do Conselho Federal de Medicina (CFM) foi decidido pela suspensão da resolução 2.324/2022, estabelecia regras para a prescrição de medicamentos à base do canabidiol, um derivado da Cannabis. Médicos e entidades da área da saúde criticaram a resolução e apontam que existe comprovação científica para o tratamento com canabidiol em diversas doenças.

O conselho também abriu uma consulta pública para receber contribuições sobre o tema. Quem quiser participar  tem 60 dias, até 23 de dezembro, para apresentar suas sugestões por meio de uma plataforma eletrônica. As contribuições subsidiarão os trabalhos e, segundo o conselho, serão tratadas com sigilo.

No dia 17 deste mês, o Ministério Público Federal (MPF) requisitou à Anvisa que apresentasse documentos mostrando as evidências científicas que sustentam as autorizações para o uso medicinal da Cannabis no Brasil. A medida faz parte do procedimento preparatório instaurado para apurar a legalidade da primeira resolução do CFM. 

Já no dia seguinte, cinco entidades assinaram uma nota conjunta contra a resolução, como a Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ABRACRO). Um dos pontos defendidos é o bem-estar e os bons resultados do tratamento. Além disso, o documento crítica a proibição dos médicos de comentarem a respeito deste tipo de medicação em palestras e cursos sobre o assunto.

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