Ventos chegaram a 89 hm/h e centenas de árvores caíram em diversos pontos da Capital. Foto: Thaís Rodriguez/RDC TV.
Devido ao intenso temporal ocorrido durante a noite de terça-feira (16), na manhã desta quarta-feira (17), dezenas de cidades comunicaram à Defesa Civil estadual uma série de danos e ocorrências causadas pela chuva e os fortes ventos, como alagamentos e destelhamento de imóveis. Além disso, uma morte foi confirmada em Cachoeirinha, a vítima trata-se de um morador de rua, que foi atingido pela marquise de um supermercado.
Ainda em Cachoeirinha, ao menos 19 pessoas foram atendidas nas unidades de saúde do município com ferimentos leves. Embora não haja desabrigados e desalojados registrados até o momento, pelo menos 20 famílias tiveram que deixar suas casas, momentaneamente, retornando pouco tempo depois, com o aval da Defesa Civil.
Já no interior do estado, mais de 600 residências ficaram destelhadas, também houve queda de mais de 200 árvores e de 150 postes e dez bairros estão sem energia elétrica.
No total, 25 cidades comunicaram ter sofrido com os danos após a tempestade, as principais ocorrências estão associadas à queda de árvores e de postes, além da interrupção de vias públicas, foram mais de 500 chamadas ao Corpo de Bombeiros, que está mobilizado para atender a todos.
De acordo com a Defesa Civil estadual, entre as 25 cidades que reportaram danos sofridos nas últimas horas estão: São Vicente do Sul; Santana da Boa Vista; Aceguá; São Gabriel; Santa Maria; Mata; São Miguel das Missões; Canela; Gramado; Pejuçara; Guaíba; Porto Alegre; Viamão; Gravataí; Eldorado do Sul; Alvorada; Cachoeirinha; Candiota; Canoas e Vitória das Missões.
Em Porto Alegre, em apenas uma hora, choveu o equivalente a mais da metade da média prevista para janeiro. As chuvas atingiram 76 milímetros, quando eram esperados 110 milímetros para todo o mês. Os ventos chegaram a 89 quilômetros por hora (km/h) na região do Aeroporto Salgado Filho.
De acordo com a prefeitura, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido em vários bairros, afetando cinco das seis estações de tratamento de água, o que pode comprometer o fornecimento de água para cerca de 1,2 milhão de pessoas que moram ou trabalham nos bairros afetados.
A queda de árvores e o alagamento de avenidas e ruas causou muitos transtornos para motoristas e pedestres. Pela manhã, a prefeitura havia recebido mais de 150 chamados devido à queda de árvores ou galhos.
Unidades de saúde de Porto Alegre também foram atingidas. Os hospitais de Pronto-Socorro e de Clínicas, o Instituto de Cardiologia, o Centro de Saúde IAPI e o pronto-atendimento da Vila dos Comerciários também estavam sem luz.
Contudo, 1,2 milhão de pessoas ficaram sem luz na capital.
As cinco estações de tratamento de água do (Etas) do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), estão paralisadas por falta de energia. Também são 11 casas de bomba sem luz. O problema atinge ainda o Hospital de Pronto-Socorro, Hospital de Clínicas, Instituto de Cardiologia, Centro de Saúde IAPI e o pronto-atendimento da Vila dos Comerciários.
Três estações do Trensurb em Porto Alegre estão fechadas, Mercado, Rodoviária e São Pedro. O trem opera a partir da estação Farrapos.
Também foram registradas 106 ocorrências devido às chuvas, sendo 17 com bloqueio total ou parcial por acúmulo de água na via, 62 por bloqueio total ou parcial de via em função de árvore na via e 27 por semáforo em amarelo piscante ou fora de operação.
Por enquanto, 150 arvores caídas, mas o número deve crescer ao longo do dia, até o momento, dezenas de ruas estão totalmente bloqueadas em diversas regiões.
Com isso, por segurança, o prefeito Sebastião Melo pediu para que a população evite sair de casa.