| Redação RDC TV |

Um grupo de empresários, ao lado de comerciantes, advogados e representantes políticos, se reuniu, na manhã desta sexta-feira (26), em frente à Prefeitura de Porto Alegre para reivindicar as medidas impostas pelo novo decreto que torna restritas atividades em estabelecimentos e comércios.

Ditando as palavras de ordem “a Culpa não é do Comércio”, os empresários pediram flexibilização para retornar aos seus trabalhos, afirmando em protesto que “trabalho é sobrevivência e trabalhar é essencial”. O grupo também questionou a procedência de medidas adotadas pelo prefeito Nelson Marchezan e a destinação de recursos em meio à pandemia.

As perguntas norteadoras do ato estiveram relacionadas, por exemplo, à falta de abastecimento de recursos para profissionais de saúde, como a compra de respiradores e de equipamentos de proteção individual (EPIs). Também estão em pauta do grupo a não-apresentação de dados concretos sobre a pandemia e a ausência de diálogo.

No que diz respeito a investimentos, o grupo quer saber porque houve aumento do teto do Municipário em R$ 35.000,00 e quais são as justificativas para o gasto de mais de 3,3 milhões pela Prefeitura em publicidade, além da compra de R$ 2,2 milhões em máscaras para um projeto da Primeira dama.

Os organizadores também buscam entender onde foram aplicados os R$ 10 milhões repassados pela Câmara Municipal e onde foram aplicados os R$ 64 milhões repassados pelo governo do Estado. A Prefeitura não deu retorno a respeito das questões citadas.

Segundo o empresário Greg Schneider, que diz que todos os cuidados de distanciamento social e máscara foram adotados, a Prefeitura havia se comprometido em receber e conversar com os manifestantes, mas isso não aconteceu. Schneider diz que no início das restrições, no primeiro decreto, o setor era favorável ao fechamento pois sabia da importância do tempo para organização da saúde.

Não foi, no entanto, segundo ele, o que aconteceu, já que não foi identificado investimento suficiente em razão da pandemia de forma que os empresários pudessem abrir seus negócios com certo respaldo.

“Recebemos de braços abertos o afastamento e sabemos que a cura, de fato, só virá quando houver uma vacina. No entanto, neste meio tempo, perguntamos e não tivemos resposta: o que foi feito pelo prefeito neste meio tempo?”, questiona Schneider. Até que sejam respondidos, os empresários continuarão se reunindo. Um novo manifesto está previsto para a próxima segunda-feira (29).

Crédito foto: Guilherme Paaz / Reprodução / RDC TV

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