No final de 2018, o Ministério da Educação divulgou o Índice Geral de Cursos, e pelo sétimo ano consecutivo a Universidade Federal do Rio Grande do Sul ocupou a posição de melhor do Brasil entre as federais. No ranking ampliado, levando em conta todas as instituições, a instituição ficou em segundo, com 0,07 ponto a menos que a líder, a Universidade Estadual de Campinas.

Cinco meses depois, o clima de comemoração não existe mais. Em seu site oficial, a universidade publicou uma nota assinada pelo reitor, Rui Vicente Oppermann, e pela vice, Jane Tutikian, afirmando que o bloqueio no orçamento, anunciado pelo governo Jair Bolsonaro pode afetar o seu funcionamento.

De acordo com o texto, serão bloqueados R$55,8 milhões, o que representa 31,4%, de seu orçamento 2019, o que, segundo a nota “asfixia ainda mais a instituição e traz, inclusive, a ameaça de paralisação das atividades” e pode prejudicar as obras do Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS), unidade que abriga o curso de graduação em Biomedicina e as pós-graduações em Neurociências, Fisiologia, Bioquímica e Educação em Ciências.

A diretoria da UFRGS ainda questiona os argumentos utilizados para justificar o bloqueio. “Penalizar universidades por “balbúrdia”, presença de sem terra e estudantes nus no campus não condiz com o elevado respeito que sempre pautou as relações entre as universidades e o MEC.”

 

Foto: Ramon Moser/ UFRGS

 

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