A decisão de silêncio serve também como forma de preservar Bolsonaro de entrar em contradição | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento no inquérito que investiga uma organização criminosa que tramava um plano golpista após a derrota nas eleições para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de Bolsonaro, outras 22 pessoas estão sendo ouvidas ao longo desta quinta-feira (22).

A defesa de Bolsonaro tentou adiar o depoimento, mas os pedidos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro ainda sinalizou que poderia não comparecer à oitiva, mas voltou atrás. Ele ainda pode se manter em silêncio.

A alegação dos advogados é de que não tiveram acesso a todas as diligências e provas juntadas aos autos. Eles também solicitaram acesso às mídias digitais do ex-assessor da presidência Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada.

A decisão de silêncio serve também como forma de preservar Bolsonaro do risco de entrar em contradição com outros investigados no caso.

Todas as falas dos investigados foram marcadas pela Polícia Federal para o mesmo horário – justamente para verificar contradições em discursos e evitar combinações de versões entre partes.

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