Foto: Carolina Antunes/PR

Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) pediu o afastamento por 90 dias do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, por suposto ato de improbidade administrativa. A justificativa é de que diretor teria usado seu cargo de forma indevida para beneficiar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o pedido, houve a “intenção clara” de promover “verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais”. Liminarmente, o MPF pede o imediato afastamento do diretor de suas funções e a condenação pela prática dolosa de improbidade administrativa, por violar os princípios da Administração Pública, notoriamente da legalidade e da impessoalidade, previstos no art. 11, caput e inciso XII, da Lei nº 8.429/92.

O diretor-geral da PRF, desde o começo das eleições, fez postagens em redes sociais com mensagens de cunho eleitoral, culminando, no dia 29 de outubro de 2022, véspera da realização do segundo turno das eleições, em mensagem, em sua conta pessoal no Instagram, pedindo explicitamente voto para um dos candidatos, fato que gerou repercussão nas redes sociais e foi noticiado pela imprensa.

“É notório que após o anúncio do resultado das eleições, instalou-se no país um clima de instabilidade o qual demandou a atuação imediata de vários órgãos. Não se pode afastar, de plano, que as manifestas preferências do requerido tenham influenciado e possam vir influenciar a condução das ações da PRF durante este momento de crise”, diz o MPF no pedido.

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