Com transparência

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, vai hoje à Câmara Municipal, mais uma vez, conversar com os vereadores para demonstrar que a reforma da Previdência do Funcionalismo precisa ser aprovada.  Dezenas de reuniões já se realizaram com entidades de servidores, com a sociedade e com as bancadas. Atualmente, os aportes à previdência municipal atingem 1 bilhão e 300 milhões de reais por ano, representando 17 por cento da receita total de 7 bilhões e 500 milhões de reais.

Mudou o panorama

Este colunista acompanha as finanças desde o tempo em que a Prefeitura de Porto Alegre tinha sobra anual em caixa. As demandas e o endividamento cresceram. Em 2003, pela primeira vez, a Prefeitura fechou o balanço com déficit. Desconhecer as dificuldades, que atingem a todos, não é o melhor caminho.

Na mesma linha

O presidente nacional, Carlos Lupi, torna-se um aliado de Jair Bolsonaro: declarou em suas redes sociais que o PDT é favor da impressão do voto nas eleições do próximo ano. Vários parlamentares pedetistas reagiram, dizendo que o momento não é o mais adequado para defender a proposta.

A forma

A existência de um comprovante impresso na urna eletrônica voltou a ser debatida este ano em duas comissões da Câmara dos Deputados. A medida tornou-se uma das principais reivindicações da base governista e o núcleo do poder no Palácio do Planalto articula para que seja aprovada e vigore em 2022.

Efeito da desconfiança

Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência da República, tentou explicar: “Lupi quer o aperfeiçoamento da urna eletrônica, tornando-a capaz de gerar um canhoto impresso. Os eleitores votariam em uma urna eletrônica semelhante à atual e seus votos também seriam computados eletronicamente. Só que cada urna geraria e armazenaria um comprovante que seria retido por ela, de forma secreta e indevassável.”

Difícil ficará definir a auditagem das urnas. Se cada eleitor concluir que houve fraude em sua urna, a recontagem total será inevitável.

Como era

No tempo do voto em papel impresso, o anúncio do resultado demorava dias e até semanas. A contagem obedecia ao horário comercial e as urnas permaneciam nos locais de apuração. Os boletins eram preenchidos e sujeitos a possíveis fraudes.

Prejuízo educacional

Em artigo publicado ontem no jornal O Tempo, de Belo Horizonte, o prefeito de Betim, Vittorio Medioli, define o drama:

“Entre os maiores estragos provocados pela pandemia da Covid-19, além das centenas de milhares de óbitos, será lembrado o impacto da falta de ensino para milhões de jovens estudantes. Do nível pré-escolar, passando pelo fundamental, até o ensino médio, a população de estudantes é de cerca de 40 milhões de jovens, 90 por cento deles atendidos pelo sistema público. Todos eles terão, uns mais, outros menos, uma preocupante lacuna representada por dois anos “perdidos”. Claro que, se o tempo não volta, o prejuízo permanecerá marcado por muito tempo, ou até a vida inteira, numa geração.”

História notável

Quase nove anos depois de sua morte, está sendo publicada a biografia “Joelmir Beting — O Jornalista de Economia Mais Influente da História do Brasil”. O autor é o jornalista e professor universitário Edvaldo Pereira Lima. Joelmir trabalhou na Folha de São Paulo, em O Estado de São Paulo e nas redes Globo e Bandeirantes.

Definição de estilo

“Por ter começado a carreira de jornalista como repórter esportivo, trabalhando ao lado de dois Homeros — o dramaturgo e cronista Nelson Rodrigues e Armando Nogueira —, Joelmir aprendeu a escrever com clareza, beleza e rigor. Seu Gol de Placa foi migrar para o jornalismo de economia com assinatura própria, essa semente criativa do texto elaborado na correria instantânea do jornalismo com um toque de artista das metáforas e analogias”, narra o biógrafo Pereira Lima.

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