O depoimento de Luiz Henrique Mandetta, ontem, na abertura da CPI da Pandemia, trouxe fatos conhecidos. O aproveitamento dos senadores se dará nas interpretações, dependendo dos interesses partidários. Se fossem reunidas as entrevistas dadas quando exerceu o cargo de ministro da Saúde e, posteriormente, a jornais, revistas e sites, surgiria um volume com mais de mil páginas. Somando o que falou para TVs e rádios, teremos incontáveis horas.

Questão de tempo

A CPI evidencia a omissão do Congresso Nacional durante um ano. Tivessem os parlamentares se movimentado antes, abrindo espaço para discussões sérias, melhores caminhos teriam sido encontrados e o país não sofreria tantas perdas.

Sem velocidade

Quando for concluída a CPI, serão apontados responsáveis em um relatório que irá para o Ministério Público. Passo seguinte: a avaliação das denúncias para encaminhamento ao Poder Judiciário, que abrirá processos. Longa rota para dois resultados: possíveis punições e diretrizes para crises na saúde pública, que se espera não voltem mais.

 

Jogando para o futuro

A intenção dos senadores que promovem a CPI, um ano após surgir a tragédia, é acender com antecedência a campanha da sucessão presidencial. Faz parte do tradicional jogo político.

Tragédia inesperada

O nome da cidade catarinense de Saudades, onde ontem ocorreu a chacina, originou-se das dificuldades dos primeiros colonizadores em se comunicar com os parentes que tinham ficado no Rio Grande do Sul.

Distante 65 quilômetros de Chapecó, emancipou-se em 1961, e passou a integrar o modelo de minifúndios que deu certo no país. O setor primário vende seus produtos para grandes cooperativas. A cada safra, o dinheiro recebido à vista movimenta o comércio, fazendo girar a roda da Economia. Há desenvolvimento, progresso e um povo hospitaleiro.

 

Em busca da causa

A Polícia se empenha em identificar as motivações do assassino. Uma das constatações, conforme relatos de pessoas próximas a ele, é que “era um rapaz problemático, introspectivo, teve casos de maus tratos aos animais, gostava de jogos online, alguns violentos”.

É o vírus que tomou conta das crianças nos Estados Unidos e depois se espalhou pelo mundo: o contato diário com joguinhos eletrônicos de matar ou morrer, acrescido do acompanhamento de filmes de extrema violência em canais de TV voltados ao público infantil.

 

 Na sequência

Quando se tornam adolescentes, não conseguem distinguir a ficção da realidade. O sentido da vida deixa de ser percebido. Apertar o gatilho de uma arma ou dar uma facada torna-se acontecimento banal. É o preço que a sociedade paga pelo que passou a se denominar babá eletrônica que muitos pais, infelizmente, não percebem.

Personagem da História

Hoje, completam-se 200 anos da morte de Napoleão Bonaparte, militar, líder político e imperador que conquistou um vasto território para a França.

Nasceu a 15 de agosto de 1769 em Ajaccio, cidade da ilha da Córsega. Morreu a 5 de maio de 1821 em Longwood, localidade da pequena ilha de Santa Helena, distante 8 mil quilômetros do continente europeu, para onde foi deportado em 1815. Esta circunstância desperta a atenção de turistas que partem do Sul da África e visitam o pequeno ponto no meio do Oceano Atlântico, onde moram 4 mil e 500 habitantes.

 

Estadista

Entre as realizações de Napoleão, constaram: 1) centralização do poder depois de anos de instabilidade surgida com a Revolução Francesa; 2) reforma educacional com a intensa abertura de escolas; 3) criação do Banco da França e da moeda franco, que permaneceu até a entrada do euro; 4) lançamento do Código Civil, que representou a consolidação dos ideais da Revolução de 1789.

 

Não resistiram

O grande erro de Napoleão foi ter levado 611 mil e 900 soldados, mais 25 mil civis de apoio para a fatídica campanha na Rússia. O frio e a fome das tropas derrotaram seus planos.

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