Entre o sonho e a realidade

Assessores de campanhas eleitorais acordam cedo e preparam discursos sobre o paraíso perdido, a volta aos bons tempos e a entrada em um futuro que, infelizmente as finanças públicas não permitem.

Caso raro

O colunista Moacir Pereira, do site ND+, de Florianópolis, publica: “O projeto de reforma da previdência dos servidores públicos estaduais de Santa Catarina deverá ser encaminhado à Assembleia Legislativa ainda este mês. (…) No Legislativo, a base do governo já decidiu que não haverá audiência pública e que não pretende aceitar emendas de caráter corporativo.”
O que mais chama a atenção: o governador Carlos Moisés integra o Corpo de Bombeiros Militar e não cederá a pressões do funcionalismo.

Radiografia

Com o agravamento da situação fiscal, a maioria dos governos deixa de investir onde é necessário e não tem como promover a retomada do crescimento.

É assim

Sobre os constantes pedidos de empréstimos feitos pela maioria dos governos, cabe o ditado: tantas vezes vai o pote à fonte que um dia se quebra.

Cai no chão com o peso dos juros. Quanto ao tema, uma emenda constitucional deveria obrigar cada governante a declarar o limite para crescimento da dívida pública em sua gestão. Tudo ficaria muito mais claro.

Mesmo lugar

A 14 de junho de 2018, este colunista publicou nota com o título “Tudo se resume à proporção”. O conteúdo: “A Constituição precisa ser revista para que a Federação se encaixe no Produto Interno Bruto. Enquanto isso não ocorrer, a sangria nos cofres públicos continuará desatada.”

Passados três anos, muito pouco mudou.

Caminho de sempre

Sem máscara, Bolsonaro é autuado por descumprimento de normas em São Paulo.

Caso ainda vai terminar no Supremo Tribunal Federal…

Alvo

O noticiário destaca: o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sofre processo de fritura desde ida à CPI da Pandemia.

Ao convidá-lo para depor, o propósito da oposição não foi outro.

Passo de tartaruga

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, promete pôr em votação, esta semana, a proposta que altera a Lei de Improbidade Administrativa. Está na hora: começou a tramitar em novembro de 2018. Por tratar de enriquecimento ilícito ou vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo público, os parlamentares deveriam ter apressado mais. Desprezam a constatação: no país tropical, não são poucas as improbidades esquecidas ou perdoadas.

Custo alto

Há uma outra inflação sobre a qual pouco se fala: a de leis tributárias complexas, extensas, pouco claras, onerando pesadamente quem paga e com o retorno que se conhece…

Na área da provocação

O economista Roberto Campos transformava a caneta, com a qual escrevia artigos, em uma agulha para constantes espetadas nos gestores públicos. Uma de suas frases: “O dinheiro alheio é fácil de gastar. Custa menos ainda ditar regras para os outros obedecerem.”

Há 11 anos

Em junho de 2010, foi aprovada a Lei da Ficha Limpa.  Tornou inelegível por oito anos o candidato que tiver o mandato cassado, renunciar para evitar a cassação ou for condenado por decisão de órgão colegiado, mesmo que ainda exista a possibilidade de recursos. O projeto de lei resultou de iniciativa do juiz Márlon Reis que liderou a obtenção de 1 milhão e 600 mil assinaturas.

De plantão

Há parlamentares com saudades das sessões plenárias, transmitidas ao vivo pelas TVs. Ávidos por holofotes, podem ser identificados pelo bronzeado no rosto. Alguns quase nem falam, mas chegam cedo para pegar uma boa colocação.

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