Não existe exclusividade

Ditado adverte: é difícil agradar toda a plateia.

Ontem, tivemos um exemplo com reações contrárias à criação do programa Renda Cidadã. Fica a impressão de que apenas governos de esquerda detêm o direito de atender a população pobre.

Socorro na hora certa

Estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostrou que, em agosto, cerca de 4 milhões e 200 mil domicílios tiveram como única fonte de renda o Auxílio Emergencial de 600 reais do governo federal. A medida refletiu-se no aumento da aprovação do presidente Jair Bolsonaro. É o que incomoda a oposição, mesmo que a iniciativa tenha feito com que brasileiros escapassem da fome.

Poucos reagem

O projeto de orçamento do governo federal, que está no Congresso, prevê receita de 1 trilhão e 560 bilhões de reais. Para investimentos, nada mais do que 28 bilhões de reais. É uma péssima relação entre impostos pagos e retorno à sociedade.

Conta sobe

A dívida pública federal subiu 1,56 por cento em agosto sobre julho, chegando a 4 trilhões e 412 bilhões de reais, puxada pelo volume recorde de emissões no período, informou o Tesouro Nacional. Foram 114 bilhões e 100 milhões de reais emitidos, o maior valor para o mês de agosto da série histórica do Tesouro, que teve início em novembro de 2006.

Resumo de tudo

O governo federal recorre cada vez mais a financiamentos. Com isso, os grandes bancos diminuem os empréstimos ao setor privado e vêm aumentando a aplicação em títulos da dívida pública.

Consenso

Em todo o país, 117 municípios terão candidaturas únicas. O Rio Grande do Sul é o Estado com o maior número, 34. O fato comprova que há comunidades buscando o bem comum. Deixam as brigas partidárias e as vaidades, quando existem, para hora do cafezinho.

Volta às bases

Há oito anos, 87 deputados federais concorreram aos cargos de prefeito e vice. Em 2016, o número caiu para 82. Agora, serão 66 que integram 21 partidos.

Opção

Quando se aproximam as eleições, cabe lembrar o professor e escritor Alceu Amoroso Lima, que viveu entre 1893 e 1983: “A Democracia é um regime de convivência e não de exclusão.”

Acrescente-se: fora da Democracia, restam o abuso, a arbitrariedade e a lei do mais forte.

Lucidez

Antônio Ermírio de Moraes, empresário e autor de peças de teatro, escreveu em 2000: “Se em cada eleição avançarmos um ponto no campo dos acertos, nossa competência na arte de votar também avançará. Os bons frutos da Democracia só surgem no longo prazo, mas o regime precisa ser regado continuamente.”

Erraram

Na última semana de setembro e nos primeiros dias de outubro de 1992, quando Fernando Collor estava no cai não cai, dezenas de parlamentares se sucederam nas sessões plenárias do Senado e na Câmara dos Deputados. Com pequenas alterações de ênfase, disseram que ninguém mais transformaria o espaço público num território para ladrões do patrimônio público.

Não imaginavam o que estava por vir.

Grande equívoco

O último comício da campanha de Jânio Quadros à Presidência da República ocorreu a 30 de outubro de 1960, no centro da capital paulista. O jornal O Estado de São Paulo, em seu editorial não se conteve:

“Quando a imensa multidão reunida na Praça Roosevelt principiou a se dispensar, pairava no ambiente uma certeza, dominando, senão irmanando todos os presentes. A de que o povo do Brasil já fez sua escolha e de que vai sufragar em massa, nas urnas, o nome do sr. Jânio Quadros.”

Como bom ator, passou a conversa, ganhou a eleição, assumiu e não completou oito meses no poder.

Há 100 anos

A 30 de setembro de 1920, o governador Borges de Medeiros enviou mensagens a seus liderados, recomendando a reeleição dos prefeitos para não interromper a continuidade das administrações. Adversários declararam que era uma tática, visando sua própria reeleição para o quinto mandato.

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