Foto: Reprodução/ Twitter

No fim da manhã desta terça-feira (8), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que houve 65 prisões e foram aplicadas 7.325 multas a motoristas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que bloqueiam rodovias federais em todo o país após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a PRF, as infrações de trânsito somam R$ 18,6 milhões, após nove dias de manifestações. O estado onde foi aplicado o maior número de multas é Santa Catarina (1.374), seguido por Mato Grosso (1.097) e Pernambuco (935). Grupos impedem o tráfego ilegalmente em rodovias federais desde 30 de outubro. As manifestações foram mais intensas nos primeiros dias após o resultado, mas enfraqueceram ao longo da última semana.

De acordo com a corporação, há 73 “ocorrências ativas” no Brasil: dois bloqueios — um no Paraná e outro em Mato Grosso — três interdições e 68 pontos de concentração. No caso das interdições, as vias estão parcialmente obstruídas. Já os pontos de concentração dizem respeito a locais com aglomerações, mas sem prejuízo ao trânsito. A PRF diz ainda ter liberado 1.077 pontos de manifestação.

Os dados foram remetidos ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no bojo da ação na qual o Supremo determinou que a PRF adotasse todas as medidas cabíveis para desbloquear as estradas tomadas por bolsonaristas.

Os valores das multas dependem do tipo de infração e podem variar de R$ 5 mil a R$ 17 mil, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Segundo o CTB, é considerada infração gravíssima a utilização de veículo para, “deliberadamente, interromper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito”.

A pena é multa de R$ 5 mil e suspensão do direito de dirigir por 12 meses, além de remoção do veículo. Já para aqueles identificados como organizadores do bloqueio, aplica-se multa agravada, de R$ 17 mil. Em caso de reincidência, aplica-se em dobro a multa, no período de 12 meses.

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