Início do ano teve número recorde de trabalhadores resgatados. Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Comissão de Representação Externa acerca dos sistemas de combate ao trabalho análogo à escravidão da Assembleia Legislativa, apresentou seu relatório final na manhã de hoje (20). O documento aponta que do governo gaúcho deixou de cumprir 34 dos 38 pontos do Plano Estadual de Combate ao Trabalho Escravo, criado em 2013, entre eles, a destinação de de recurso para o tema no orçamento do estado.

O relatório foi aprovado por consenso entre os membros da comissão, que teve como presidente Matheus Gomes (PSOL), e também contou com os deputados Guilherme Pasin (PP), Carlos Búrigo (MDB), Delegado Zucco (Republicanos) e Bruna Rodrigues (PCdoB).

“Infelizmente, não temos como voltar atrás, 2023 será o ano em toda a história do Rio Grande do Sul, com o maior número de resgates de trabalhadores em situação de trabalho análogo à escravidão desde 1995, quando se iniciou a contagem de forma organizada. Não existe um precedente para o que aconteceu nos quatro primeiros meses deste ano. Mas, daqui para frente, nosso objetivo é retomar os esforços construídos dez anos atrás pelo estado do RS, visando a erradicação do trabalho análogo à escravidão”, afirmou o deputado Matheus Gomes, durante o evento de lançamento do relatório.

A comissão foi instalada no dia 16 de março e realizou mais de 30 audiências com entidades, organizações de direitos humanos e órgãos oficiais e avaliou as condições de funcionamento do sistema estadual de combate à escravidão. O relatório também aponta falta de mobilização do Legislativo e do Judiciário.

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