| Valter Nagelstein |
Ontem, dia 07 de abril de 2021, ao concluir a venda de alguns aeroportos estatais em leilão realizado na bolsa de valores de São Paulo, com ágio expressivo, mesmo em meio a um cenário de bastante pessimismo em virtude da pandemia, o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, usou o martelo da bolsa de valores como se uma marreta fosse.
Vi um simbolismo naquela gana: um Brasil que pede licença para voar – já que estamos falando em aeroportos – padece numa guerra política. Muitos interesses desejam a todo custo impedir essa decolagem. O sucesso do leilão se expressou naquela raiva sã.
Primeiro se acusava o governo federal de ser arbitrário: ao longo destes 24 meses, a realidade que sobrepujou a narrativa é a de um governo que é ao contrário, discursa e luta por liberdade.
Na área ambiental a mesma narrativa quis imputar ao governo a destruição da Amazonia, inclusive com a imprensa engajada europeia atribuindo ao governo brasileiro uma responsabilidade sobre um fenômeno que infelizmente é antigo, o desmatamento da floresta brasileira. Também essa narrativa foi derrotada.
Mas a usina de intrigas, especulações e crises artificiais não para…
Agora, por último, a politização da pandemia. Mesmo que o Presidente tenha feito algumas manifestações infelizes, o fato é que, dos grandes países do mundo, o Brasil é um dos que mais tem vacinado – e desde maio de 2020 começou a trabalhar para construir fabricas de vacinas, como a da FIOCRUZ no RJ. Sim, temos milhares de mortos, infelizmente, mas temos um país continental, uma população que precisa trabalhar para sobreviver, e os problemas no sistema de saúde não são de hoje. Lembremos ainda que o governo que antecedeu a este investiu em estádios ao invés de escolas ou hospitais.
Mas, enfim, para além de todas essas questões, o leilão de ontem mostra um Brasil que grande parte da mídia insiste em nublar, o das agendas positivas! A marretada do ministro me representa.