Rio Gravataí foi tomado por lixo em fevereiro. Foto: Thainá Barbosa/RDC TV

O início de 2023 foi marcado pelo acúmulo de lixo no Rio Gravataí, em Cachoeirinha. Problema mostrado pela reportagem da RDC TV. Entre as toneladas de resíduos retirados, boa parte eram plásticos. O excesso de dejetos plásticos não é uma exclusividade dos moradores da região. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022, a geração de resíduos plásticos nas cidades brasileiras foi de 13,7 milhões de toneladas em 2022, ou 64 quilos por pessoa no ano.

A pesquisa foi divulgada ontem (22) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e ainda aponta que o plástico corresponde a 48,5% dos materiais que vazam para os mares, sendo o poluente mais encontrado em corpos hídricos do planeta.

“Os dados mais recentes mostram que cerca de 22 milhões de toneladas de plásticos vazam para o meio ambiente a cada ano em todo o mundo, e uma parte considerável desses materiais tem os oceanos como destino”, destaca o presidente da Abrelpe e presidente da International Solid Waste Association, Carlos Silva Filho.

De acordo com a associação, no Brasil, todos os anos, mais de 3 milhões de toneladas de resíduos sólidos vão parar nos rios e mares. A melhor solução para o problema do lixo no mar reside justamente no aperfeiçoamento dos sistemas e infraestruturas de limpeza urbana nas cidades, que deve ocorrer com programas permanentes de educação ambiental implementados em todas as camadas da população”, diz Silva Filho.

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