Foram analisadas duas mil crianças de 8 e 9 anos – Foto: Kauã Blank

 

Os jogos eletrônicos tem ganhado cada vez mais espaço no cotidiano de adultos e crianças. Seja no celular, tablet, computador ou pelo console, essa imersão no mundo dos games tem começado desde cedo. Fato que provoca preocupação em muitos pais e responsáveis.

No entanto, um estudo publicado recentemente na revista Jama Network Open, apontou que crianças gamers apresentaram melhor capacidade cognitiva em relação aqueles que não jogam. Para realizar a pesquisa, foram analisadas duas mil crianças de 8 e 9 anos, divididas em dois grupos: aqueles que nunca jogaram videogame e os que jogavam durante três horas ou mais por dia.

Dos pontos avaliados estão a capacidade de raciocínio logico e de memorização de imagens das crianças. Como resultado, os pesquisadores avaliaram que os gamers tiveram melhor desempenho nos dois campos.

Pai e filho dividem o amor pelos games – Foto: Kauã Blank

Amor pelos games

O pequeno Nicolas Hoppe, tem apenas cinco anos e já sabe muito bem como jogar. Os olhos vidrados na tela da TV e os dedinhos rápidos, mostram que o momento é sério para esse gamer iniciante. Aliás, é quase impossível não se render, afinal, há opções de jogos para todos públicos: corrida, ação, estratégia, esportes, educativos entre outros tantos.

Mas esse amor pelos eletrônicos não é só do Nicolas, seu pai, Rodrigo Chips, é desenvolvedor de jogos e desde 2007 tornou o hobbie uma profissão. “Próximo do final dos anos 90, surgiram algumas empresas conhecidas e ali foi quando eu entendi que existia uma possibilidade de trabalhar com games”, conta Chips.

Para o pai de Nicolas, é perceptível sua desenvoltura, adquirida em parte, a partir dos games. “Ele troca de jogo, sai do jogo e vai para uma série de TV que ele gosta de assistir. Ele tem essa dinâmica mesmo tendo apenas cinco anos. Acho que é uma coisa que a gente não teria tanta facilidade na mesma idade”, explica.

Diversão e trabalho

A empresa para a qual Rodrigo trabalha, é especializada em jogos infantis e claro que nesse processo, o filho contribui bastante. “A vantagem de ter uma criança pequena em casa é que quando tu faz uma fase, ou algo do tipo, tu pode testar com ele e ver se ele consegue jogar, se ele consegue se divertir. Podemos jogar uma partida e pode ser que ele não vença o jogo, mas se ele se divertir nesse processo, isso é o mais importante”, comenta o desenvolvedor.

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