O Gramadozoo registrou o nascimento de uma espécie símbolo na educação ambiental sobre a febre amarela. Um bugio-preto nasceu no parque na última semana e vive agarrado ao abdomen da mãe. O primata é considerado o sentinela da doença. “O bugio sempre será o mensageiro da febre amarela. Ele indica a presença do mosquito transmissor da doença”, afirma a bióloga Tatiane Nunes, responsável técnica do Gramadozoo.
Tatiane explica que o bugio não transmite a doença, mas é a primeira vítima do mosquito Aedes aegypti. “Os macacos são mais sensíveis a doença. O fato de aparecerem mortos faz com que algumas pessoas tenham a ideia errada de que são transmissores, mas é um equívoco. O transmissor da febre amarela é o mosquito através da picada. Em função da falta de informação, algumas pessoas confundem. Procuramos explicar em todas as visitas guiadas que o bugio é vítima do mosquito e avisa sobre a proliferação do inseto”, destaca.
Para a educadora, a reprodução em cativeiro demonstra o bem-estar dos animais no Gramadozoo. “Conseguimos a reprodução frequente da espécie, o que demonstra a adaptação ao manejo do zoo. É um nascimento essencial para o trabalhos de conservação e educação ambiental”, diz.
Segundo a bióloga, a espécie possui dimorfismo sexual e apresenta coloração diferente. “Apenas os machos adultos são pretos. Fêmeas e filhotes são amarelos”, explica.
MAIS SOBRE A ESPÉCIE
Ronco do bugio: os animais possuem um osso na garganta, o osso hióide. Por conta do enorme volume do osso, os bugios emitem vocalizações poderosas, que podem ser ouvidas à quilômetros de distância. As vocalizações são usadas para demarcar território e acabam por impedir que outros grupos se aproximem, evitando encontros agressivos diretos.
Alimentação: os bugios se alimentam especialmente de folhas, mas também comem frutos.
Reprodução: o tempo de gestação é de sete meses e os filhotes podem viver agarrados ao tórax da mãe por até 20 meses.
Fonte: Halder Ramos – Assessoria de Imprensa