Foto: Reprodução / PMPA

Na manhã desta quinta-feira, 2, o lago Guaíba alcançou níveis preocupantes, superando a marca estabelecida para alerta de inundações. Segundo medições realizadas pela Secretaria do Meio Ambiente e Estrutura (Sema), o nível atingido foi de 2,67 metros no Cais Mauá, ultrapassando a cota de alerta de 2,5 metros. A cota que indica potencial de inundação é de 3 metros.

Os aumentos recentes no nível do Guaíba são resultado direto dos temporais intensos que vêm assolando o estado do Rio Grande do Sul desde a última segunda-feira, 29. As chuvas intensas, que deixaram marcas significativas na região, alcançaram um acumulado de 71,2 milímetros apenas nas últimas 24 horas em Porto Alegre. Este período de três dias registrou um total impressionante de 231,6 milímetros de chuva.

Diante deste cenário, a Prefeitura de Porto Alegre anunciou medidas emergenciais. As comportas de segurança contra enchentes foram fechadas. A Defesa Civil da cidade e a Procuradoria-Geral do Município estão preparando um decreto de emergência de nível 2. Este decreto é fundamental, por facilitar a solicitação e recebimento de auxílio das esferas estadual e federal, além de autorizar uma mobilização ampla dos órgãos municipais para enfrentar a situação.

Segundo informado, a região das Ilhas receberá atenção especial nas próximas horas, dada sua vulnerabilidade. Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, enfatiza a importância de a população buscar locais seguros, como a casa de familiares ou estruturas oferecidas pela prefeitura. Para aqueles fora das áreas de risco, a recomendação é permanecer em suas residências para evitar maiores complicações.

Impactos Mais Amplos dos Temporais no Estado:

  • Número de óbitos: já são 13 mortes confirmadas como consequência dos temporais.
  • Desaparecidos: atualmente, há 21 pessoas consideradas desaparecidas em decorrência das chuvas.
  • Danos materiais e desalojados: mais de 130 cidades reportaram prejuízos, com aproximadamente 8,3 mil pessoas obrigadas a deixar suas casas.

Essa sequência de eventos climáticos extremos exige uma resposta ágil e eficaz das autoridades para minimizar os impactos à população atingida e recuperar a normalidade na região o mais rapidamente possível.

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