A Operação Tapa-Buracos já ultrapassou, em 2019, a média mensal de serviços dos últimos 16 anos. Os dados podem ser acessados no Portal de Gestão. Os números são das equipes técnicas da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), que coordena a operação da Divisão de Conservação de Vias Urbanas (DCVU).

Desde o início deste ano, a DCVU tapou uma média mensal de 22,5 mil metros quadrados de ruas e avenidas, enquanto em 2003 a média foi de 14,1 mil metros quadrados. Se comparado ao ano de 2006, houve aumento de 221% da produtividade. O crescimento também pode ser verificado em 2019, quando os trabalhos de janeiro contemplaram 15 mil metros quadrados e os de setembro, 32 mil metros quadrados (veja gráficos abaixo).
“Mais de 80% da malha viária da Capital está vencida e, portanto, ainda há muito para melhorar. Os indicadores demonstram que estamos no caminho certo devido a mudanças de gestão e planejamento, melhorias e reestruturação das usinas de asfalto, além da otimização das equipes. Muito do que conseguimos atingir em 2019 corresponde aos esforços do governo, com apoio de boa parte dos vereadores, para equilibrar as contas do município e retomar a confiança dos fornecedores, nos permitindo hoje contar com financiamentos para melhorar a infraestrutura da cidade”, afirma o prefeito Nelson Marchezan Júnior.
A otimização das atividades pode ser percebida, por exemplo, com as operações realizadas na avenida Protásio Alves. Em 2019, foram abertos 90 protocolos via Sistema Fala Porto Alegre – 156, o equivalente a aproximadamente 90 buracos, levando em consideração que cada buraco no asfalto possui cerca de 1 metro quadrado. Neste mesmo período, as equipes executaram 1.417 metros quadrados nesta via, o que corresponde a 1.327 buracos a mais do que os solicitados pela população.
“Houve mudança na metodologia do trabalho, com a programação de incursões diurnas e noturnas, bem como em finais de semana e no planejamento. O diagnóstico das vias é feito antecipadamente para atuação na semana seguinte. Ou seja, pode-se calcular o quanto se produz de material asfáltico para a aplicação diária”, diz o secretário municipal de Serviços Urbanos, Ramiro Rosário.
Tapa-Buracos – A Operação Tapa-Buracos é paliativa e reativa, ou seja, realizada quando já há danos no asfalto. Desde abril de 2018 até o dia 12 de outubro de 2019, a DCVU fez 4.542 serviços em 1.460 vias diferentes. Entre os critérios adotados estão ruas com fluxo superior a 5 mil veículos/dia, priorizando 286 vias, onde circulam ônibus, e situações emergenciais, como buracos que podem causar acidentes.
Além disso, a prefeitura atua em ações preventivas e proativas, ou seja, em asfaltos que começam a apresentar defeitos, para evitar que os buracos surjam, como nas avenidas Loureiro da Silva, Goethe, Mauá e Ipiranga.
 
Vias vencidas –  Por falta de investimento nos últimos 20 anos, 80% das malha viária está em más condições. Nos últimos 10 anos, a média anual de aplicação de recursos no Programa de Recuperação de Pavimentos foi de R$ 10 milhões/ano. Hoje é de R$ 60 milhões, devido ao desgaste da malha. Porém, para recuperar a área total é necessária a destinação dos R$ 200 milhões/ano. Então, se considerada a aplicação nos últimos 10 anos, será necessário um acréscimo de 20 vezes sobre o nível atual de investimento.

Foto: Cristine Rochol/PMPA

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