O que falta
Os governos de países que atacaram com êxito a pandemia deram prioridade ao consenso, à união e ao discernimento de realidade e urgência. São produtos que faltam no Brasil.
Profusão
São tantos os focos de atritos políticos inconsequentes que não se encontra segmento não infectado pela bactéria que destrói a nação. Se desavenças ainda levassem à consecução de propósitos visando o interesse público, vá lá.
Ontem, as buscas no rastro da mulher de Queiroz ocupavam os maiores espaços nos sites de notícias…
Fotografia
Cada vez fica mais comprovado: se a Imprensa não existisse, os governos seriam mais felizes e as oposições sem rumo, também.
Colisão inevitável
Na lista de sugestões para assumir a Educação, tentaram incluir Claudia Costin, que foi ministra de Administração e Reforma do Estado nos governos de Fernando Henrique, entre 1995 e 2002. Conhecida por defender causas do corporativismo, ficaria menos tempo no cargo do que os três meses de Ricardo Vélez Rodriguez em 2019.
Apagão educacional
Mantendo-se o cenário incerto da pandemia, o ano escolar estará perdido, não só em relação aos conteúdos. Muitos alunos não voltarão às salas de aula, porque terão de trabalhar, ajudando no orçamento familiar.
Fonte secou
A Secretaria do Tesouro Nacional foi criada em março de 1986, com a função de órgão central do sistema de administração financeira, contabilidade e auditoria do governo federal. Seus técnicos têm comentado que não haverá dinheiro para direcionar e sustentar empresas estatais que navegam no prejuízo. Significa que as privatizações acontecerão a qualquer preço. Para observadores, em alguns casos, a preço algum.
Velocidade da tartaruga
No ano passado, começou a tramitar na Câmara dos Deputados proposta que antecipa o trânsito em julgado, previsto na proposta de emenda constitucional. Por se relacionar à libertação do ex-presidente Lula, ocupou manchetes durante alguns dias, até ser suplantada por outros fatos. Ontem, o presidente Rodrigo Maia anunciou que será votada no segundo semestre. Faltou dizer o ano.
Definição
O andamento dos projetos no Congresso Nacional faz lembrar antigo ditado: o tempo é um devorador de coisas.
Mudança esperada
A cada dois anos, reafirma-se a esperança de que aumentará o número de eleitos que entende a Política como missão e não como negócio.
Exercício indispensável
As campanhas deveriam servir para detectar candidatos com sintomas de embriaguez pelo poder. Todas as benesses advindas de cargos, como dinheiro, prestígio e mordomias, provocam ressacas que levam eleitores à descrença, além de governos e partidos a nocaute.
Não faltava mais nada
Primeiro, foi a seca. Depois, a pandemia, Agora, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar, órgão do governo da Argentina, confirma que uma nuvem de gafanhotos vinda do Paraguai, e monitorada desde 28 de maio, aproxima-se da fronteira do Rio Grande do Sul.
Memória
A pandemia impediu que admiradores comemorassem os 70 anos da extinta União Democrática Nacional. As homenagens se estenderiam a Carlos Lacerda, um dos líderes do partido, que tinha sido comunista. Ao abandonar as convicções da juventude, Lacerda enquadrou os ex-companheiros como “revolucionários sem risco, intelectuais sem inteligência, recebendo diploma de avançados”.
Metralhadora giratória
O presidente Juscelino Kubitschek admirava e, ao mesmo tempo, temia Lacerda. Dizia que, “se permitisse abrir a televisão para o excepcional tribuno, ele derrubaria o governo.”
Foi a solução
Afirmam os historiadores que o zero surgiu no século 5 Depois de Cristo. A criação pelos hindus passou a ser considerada fato tão importante para a humanidade quanto o domínio sobre o fogo ou a invenção da roda.
O que seria da inflação brasileira, se ele não existisse? De 1941 a 1994, como prova da incompetência na gestão pública, 18 zeros foram cortados da nossa moeda.
Mau caminho
A História mostra aonde chegaram os governantes que adotaram o cacoete de testar os limites institucionais.