Grande passo
Autoridades do Brasil e do Uruguai, durante videoconferência no final de semana, definiram a realização de acordo binacional, envolvendo Santana do Livramento e Rivera para ações conjuntas de enfrentamento da Covid-19. As tratativas foram conduzidas pelo deputado estadual Frederico Antunes, presidente da Comissão do Mercosul da Assembleia Legislativa, e pela secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.
Máquina registradora
O placar eletrônico impostômetro.com.br atingiu 1 trilhão de reais às 4h32min de sábado.
Às 8h30min de hoje (segunda-feira), tinha subido para 1 trilhão e 11 bilhões e 600 milhões de reais. O registro começou no primeiro minuto do dia 1º de janeiro deste ano. Inclui impostos, taxas, multas e contribuições. Esse total, em 2019, foi alcançado a 24 de maio, indicando recuo no crescimento da economia do País, ocasionado pela crise do novo coronavírus.
O Impostômetro é mantido por três entidades empresariais de São Paulo e tem supervisão do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
Deixam correr
A aplicação dos tributos arrecadados é atribuição dos gestores públicos. A fiscalização cabe a instituições previstas em lei, mas também à população. Se houvesse mais interesse e participação de entidades representativas da sociedade, não ocorreria a profusão de escândalos.
Lamentável
Ainda que a Internet tenha facilitado o acesso às prestações de contas dos governos, como forma de dar transparência, são reduzidas as buscas. Falta criar o desconfiômetro.
Distância aumenta
Este ano, o governo do Estado fez o pagamento de 29 bilhões e 319 milhões de reais correspondentes às suas despesas. A arrecadação não passou de 27 bilhões e 72 mil. Informação da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado, contida no site rs.gov.br, e atualizada na última quinta-feira.
Perdas e danos
Os fornecedores de produtos e prestadores de serviços contratados são os últimos da fila para receber pagamentos do Estado. Com o dinheiro cada vez mais escasso, fica claro que muitos deles vão quebrar.
Descendo degraus
No começo de abril, quando anunciou o auxílio de 600 reais, o governo lançou-se à missão de impedir as fraudes. Porém, os números parciais são assustadores. Parcela dos que obtiveram dinheiro público indevidamente se basearam no princípio praticado com frequência no andar de cima: a impunidade.
Para quem vale?
Os que demonstram carência de escrúpulos, provavelmente, são os primeiros a criticar as práticas do poder público, como o clientelismo, as mordomias e os privilégios. Reclamam da falta de rigor e honestidade, que querem ver aplicadas só no comportamento dos outros.
Chance
A cada eleição ressurge a esperança de que oportunistas e responsáveis pelo mau uso do dinheiro público ficarão fora. São corruptos que se empoleiram no poder, conduzindo-o como patrimônio privado.
Não é obra do acaso
Irresponsáveis levaram ao descontrole das contas públicas, à inflação fora do controle, aos juros estratosféricos, ao crescimento pífio e à infraestrutura em frangalhos. Todos eleitos pelo voto livre, soberano e secreto.
Preço do equívoco
Muitos entenderam a flexibilização no comércio como uma espécie de cura da pandemia e abandonaram medidas básicas de precaução no momento em que eram mais necessárias. A consequência não demorou.
Dúvida
A defesa de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, negocia com o Ministério Público do Rio de Janeiro a delação premiada. Se for ao estilo de Antonio Palocci, não passará da perda de tempo. Acusou muito e não comprovou nada.
O que dirão?
Os institutos de pesquisas poderiam fugir do habitual, perguntando aos principais candidatos como imaginam que os eleitores os veem e julgam. Ajudaria muito na definição do voto.
Olhando para trás
Afonso Arinos de Melo Franco, mineiro que exerceu mandatos eletivos de 1947 a 1990, tendo ainda sido ministro das Relações Exteriores, dizia: “Na raiz das crises institucionais sempre estiveram presentes as crises partidárias.” Tempo em que os partidos políticos representavam ideias e programas.
Oportunismo escancarado
Hoje, a maioria das 33 siglas abandonou a missão de buscar soluções para causas de interesse público. Há outras 40 na fila para obter registro na Justiça. Prolifera a sopa de letrinhas que ressurge às vésperas das eleições para atender ambições pessoais no famoso balcão de negociações.
O exemplo mais nítido
O presidente da República, Jair Bolsonaro, não está filiado a um partido. Os de oposição, mesmo insatisfeitos, mantêm-se em silêncio. São comprovações da necessidade da reforma partidária. Só o medo de perder o poder e querer perpetuar circunstâncias esdrúxulas evitam o enfrentamento às mudanças.
Avaliação exata
A equipe técnica do Partido Novo na Câmara dos Deputados fez uma análise sobre a atuação do Ministério da Educação, que não comporta reparos: “Além das políticas propostas pelo governo estarem mal desenhadas e abordarem de forma superficial e imprecisa os problemas estruturais da área, estão num nível de execução inexistente ou apenas inicial.”
Equilibrista
A escolha do ministro Luiz Fux para presidir o Supremo Tribunal Federal, nos próximos dois anos, é outro sinal de ventos apaziguadores em Brasília. Tornou-se misto de jurista e engenheiro habilidoso pela capacidade de construir pontes em momentos de crise. Sua posse ocorrerá a 10 de setembro.
Situação de risco
A falta de remédios em hospitais públicos se vincula à explosão dos preços. Como consequência, administradores estão com medo de comprar e depois terem de responder por ações de improbidade. A criação de um ambiente muito hostil, que depõe contra o interesse de cuidar da população, só pode ser resolvida com a intervenção do governo federal.
Me dá um dinheiro aí…
Quando terminar a pandemia, Brasília terá a maior invasão de prefeitos de todos os tempos em busca de ajuda. Vão organizar um grande desfile até o edifício do Ministério da Fazenda, esperando comover Paulo Guedes.
Sem fundos
Guedes, que é leitor de autores clássicos, ao conversar com os prefeitos deverá se lembrar do francês Charles Baudelaire, que viveu de 1821 a 1867. Ele dizia: “Nada é mais cansativo do que ter que explicar o que mundo está cansado de saber.” Os cofres do governo federal andam vazios e com déficit nunca atingido.
Resultado da abertura
Ontem, completaram-se 35 anos do encaminhamento ao Congresso da mensagem do presidente José Sarney, convocando a Assembleia Nacional Constituinte.
O ato ocorreu no Palácio do Planalto a 28 de junho de 1985, tendo sido convidados participantes da Constituinte de 1946. Entre eles, o escritor Jorge Amado, o jornalista Barbosa Lima Sobrinho, o sociólogo Gilberto Freyre e Luiz Carlos Prestes.