Teste para conferir a memória
Institutos de pesquisas, que sempre se mostram atentos, deveriam perguntar de Norte a Sul do país: quem tem medo da inflação?
Talvez despertem para a situação enfrentada na década de 1980, quando chegou ao brutal índice de 82 por cento em um mês.
Era uma ginástica
Trabalhadores tinham de correr aos supermercados logo depois de receber porque o dinheiro, em 10 ou 15 dias, seria insuficiente para comprar o necessário. Nos tempos difíceis, produtos alimentícios aumentavam em uma semana o que, depois do Plano Real, passou a demorar um ano.
Ficar longe do risco
Hoje, quando ocorre um sinal de volta da inflação, é preciso manter todos os sensores ligados. De repente, o dragão desperta, desfazendo o equilíbrio de preços que se sustenta há 25 anos.
Inesperado
Durante a década de 1990, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) realizou encontros denominados Diálogos do Século 21. Conferencistas de 35 países responderam a muitas perguntas. Entre elas: haverá comida para todos? Vamos guerrear pela água?
Discorreram sobre o futuro da espécie no planeta; o fim do contrato social e uma nova democracia e as perspectivas da cultura.
Sobre o surgimento de uma pandemia devastadora, nem nos sonhos.
Grande surpresa
Jilmar Tatto, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, não passou de 1 por cento na mais recente pesquisa Ibope. Ficou atrás de Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, do Patriota, que está com 2 por cento.
O líder é Celso Russomano, do Republicanos, com 24 por cento. O atual prefeito Bruno Covas está em segundo lugar com 18 por cento.
Fácil perceber
Sobre o déficit crescente dos governos, é preciso lembrar Millôr Fernandes: “Procure a causa sempre perto dos efeitos. Só em casos excepcionais uma jaca cai a um quilômetro da jaqueira.”
Caiu
Desde a reforma previdenciária de 2017, houve a redução de 3 milhões de sindicalizados. Resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
Chega de recorrer ao Judiciário
Para completar o festival de desentendimentos em Brasília, a pretendida reeleição dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados desembocou no Supremo Tribunal Federal. O procurador-geral da República, Augusto Aras, concorda com os ministros: o problema é interno do Legislativo, que precisa resolver com seus próprios mecanismos.
Condição
Em poucos momentos da história brasileira, políticos entenderam: o sistema democrático só consegue solucionar conflitos com cidadãos que estejam dispostos a sentar em torno de uma mesa e conversar.
Difícil entender?
As reformas estruturais, sobre as quais tanto falam no país há mais de 30 anos, servirão para enfrentar o desequilíbrio crônico das contas públicas que nos custam muito.
Hoje pela manhã, o placar eletrônico jurometro.com.br totalizava 283 bilhões e 358 milhões de reais. Valor pago desde 1º de janeiro deste ano para rolar a dívida pública. Sai do bolso de cada brasileiro na forma de impostos.
Não é só
Reforma é também a oportunidade de corrigir sistemas perversos, criados ao longo de décadas, que acumularam privilégios e práticas que banalizaram ilegalidades.
Muda tudo
O governo do Estado de Goiás planeja manter o teletrabalho após pandemia. A Superintendência Central de Gestão e Controle de Pessoal alega que a produtividade dos servidores públicos aumentou. Secretários da Administração de outros Estados buscam informações sobre os resultados.
Observação exata
O político norte-americano John Randolph, que viveu no século 18, enxergava longe: “O dinheiro alheio constitui, sem dúvida, um dos privilégios mais deliciosos dos governantes.”
No ringue
Na próxima terça-feira, dia 29, ocorrerá o primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden. A eleição presidencial está marcada para 3 de novembro com voto facultativo.