| Alice Ros |

Na abertura da programação especial de eleições municipais 2020, a RDC TV recebe, a partir desta segunda-feira (05), vices e candidatos à Prefeitura de Porto Alegre para entrevistas de 30 minutos nos programas Portal RDC e Cruzando as Conversas.

A candidata a vice-prefeita da capital, Carmen Santos (Avante), foi a primeira a participar do Portal RDC, apresentado pelo jornalista Cláudio Andrade. Carmen concorre como vice de Gustavo Paim (PP), atual vice-prefeito da capital.

À frente da presidência do Avante Rio Grande do Sul, Carmen é professora e especialista em gestão da educação. Já trabalhou como servidora pública e, atualmente, integra a coligação Porto Alegre para ti (Avante, PP).

Em entrevista, a candidata defendeu o diálogo entre comunidades e a gestão integrada com membros de comissões técnicas. Carmem também frisou a proposta de implementar escolas cívico-militares nos bairros Mario Quintana, Restinga e Lomba do Pinheiro, além de resgatar o programa Ação Rua, que compõe o Serviço de Abordagem Social.

Confira os principais temas abordados na entrevista:

Educação

Em setembro, o Ministério da Educação divulgou o indicador de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de Porto Alegre. Em 2019, a média da rede municipal nos anos iniciais foi 4,9 (meta de 5,6) e nos anos finais, a nota foi 3,7 (meta de 5).

Questionada sobre a afirmação do plano de governo, que diz que Porto Alegre é a capital com maior média remuneratória de docentes, Carmen afirma que “na prática, todos os gestores trouxeram essa questão da remuneração, e não da aprendizagem”.

A candidata assume que é necessário conversar com a comunidade escolar para elencar os problemas na educação e definir soluções. “Nosso compromisso é com o resultado da aprendizagem. Temos que trazer essa discussão para a comunidade escolar: espaços de reuniões pedagógicas, espaços de aprendizagem fora da sala de aula. Temos que pensar Porto Alegre e no aluno e em como vamos dar conta”, disse.

Carmem falou sobre a possibilidade de abrir escolas cívico-militares em bairros com  vulnerabilidade social, citando Mário Quintana, Restinga e Lomba do Pinheiro. Na perspectiva da candidata, a mudança poderia ser positiva para o rendimento escolar. “Temos que levar para discussão junto com a comunidade escolar. É uma discussão que não vai ser fácil, mas tem que existir”.

Acolhimento de pessoas em situação de rua

Sobre o tema, a candidata elencou como meta a criação de um plano para direcionar pessoas em situação de rua para espaços públicos próprios ou conveniados. “Anos atrás, nós tínhamos um programa que deveria voltar [Ação Rua]. Precisamos retomar a questão da abordagem social, de maneira efetiva e responsável”, estima.

Investimento em leitos de UTI

Carmen definiu as pautas da saúde como um “problema crônico” e disse que a capital precisa investir em ações de mapeamento.

“É uma questão de prioridade. Temos que repensar a saúde com um olhar muito técnico, principalmente com os trabalhadores que estão na linha de frente da Covid-19”, disse.

Segurança Pública

Para a candidata, está entre as prioridades “potencializar os espaços de proteção para crianças e adolescentes”. Carmen também elenca a manutenção de espaços públicos na comunidade, como fóruns de segurança, que, segundo ela, “foram desconstituídos nessa gestão do prefeito Nelson Marchezan” e reforçar a atuação da Guarda Municipal.

Controle de gastos em Porto Alegre

“Nunca temos que prometer nada”, aposta a candidata sobre as promessas eleitorais. Segundo Carmen, que defende parcerias privadas para destacar pontos da capital gaúcha, a coligação está “pensando em projetos, mas em condições reais. Isso é um pensar responsável, sem ter condições de projetos que não serão viáveis para Porto Alegre e para a sociedade”.

Para solucionar o déficit de R$ 563 milhões em arrecadação, a vice de Gustavo Paim (PP) propõe uma gestão financeira conjunta com técnicos e gestores.

Temos recursos suficientes para dar conta de todas as demandas que Porto Alegre precisa”, conclui Carmen.

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