| Lívia Rossa |
João Derly é candidato a prefeito de Porto Alegre pelo Republicanos. Para o cargo de vice-prefeito, foi apresentado o nome do delegado Fernando Soares.
Em entrevista para o programa Cruzando as Conversas, desta segunda-feira (5), Derly afirmou que criação de rede para obter dados é uma maneira de avaliar necessidades da Capital gaúcha.
Durante entrevista, Derly comentou sobre aproveitamento do espaço público, empreendedorismo e transparência de dados.
Rede Observatório
João Derly aposta na criação de rede para obter dados, de forma que isto auxilie na administração pública. Na opinião do candidato, esta é uma forma de “estar em constante avaliação das necessidades que podemos ajustar em Porto Alegre”.
Outro objetivo é amplificar a participação popular, segundo Derly, a fim de sair do modelo de gestão que não dialoga com a sociedade. “Tivemos uma gestão que não dialoga e por isso queremos ajuda para, até mesmo, achar aptidões que as vezes não temos e, assim, poderemos contribuir com nossa cidade”, afirmou.
Aproveitamento do espaço público e empreendedorismo
O candidato expôs em entrevista o desejo de tornar bairros, que são atualmente afastados, mais acessíveis à população. Citou como exemplo o Morro da Cruz, no bairro São José, cujo local poderia ser prestigiado por mais pessoas caso houvesse, segundo Derly, segurança e atividades.
Seguindo o modelo de observação de dados, Derly vê na ferramenta uma maneira de levar informações a pessoas que queiram investir nestes locais. Nesse sentido, o candidato acrescenta também a ideia de uma escola de empreendedorismo, a fim de auxiliar pessoas que estejam começando no ramo.
“Quando tentei ser empreendedor eu era atleta. Tentei empreender em uma área que eu não tinha familiaridade. Não fiz um estudo e acabei perdendo o negócio. Com a rede observatório, podemos aplicar uma escola de empreendedorismo”, afirmou.
Fim do corredor de ônibus na avenida Assis Brasil
“Temos levantado dados sobre mobilidade urbana que nos mostram que os corredores de ônibus e os terminais tornam os trajetos da Assis Brasil mais demorados do que o trânsito ocorresse na faixa lateral”, afirmou o candidato.
Uma das propostas seria, então, estudar se destruir a faixa seria a melhor alternativa ou apenas transferir o trânsito para a lateral direita. Derly atribui a mudança também à falta de insegurança dos passageiros, afirmando que “tem gente que não usa porque ela fica em um local muito escuro”.
A medida não é encarada como uma certeza e deve ser estudada pelo observatório proposto pelo candidato.
Tarifas dos ônibus
Ainda na pauta da mobilidade urbana, Derly diz que um dos grandes desafios da cidade é o cálculo da tarifa dos ônibus. Segundo ele, as empresas atualmente calculam a tarifa com base nos custos e não pela demanda dos passageiros.
Para o candidato, uma das soluções seria avaliar, de forma experimental, se as pessoas que se deslocam por trajetos mais curtos poderiam pagar menos pelo serviço.
Derly acredita que ter microônibus ou vans articulares em regiões com difícil acesso de ônibus poderiam contribuir na redução do custo.
Transparência com dados
Uma das propostas de João Derly é trabalhar com transparência de dados.
“Hoje é complicado pegar números da cidade. A Prefeitura tem dificuldades com a transparência, o portal não é claro e é difícil de achar os dados. Fomos levantar número de alunos da rede municipal e achamos tanto o número de 50 mil alunos, quanto 70 mil. Tudo no mesmo site”, disse.