Memória é curta

Campanhas têm distorções e as pesquisas integram o elenco. Satisfazem o desejo de muitos que querem antecipar o futuro. Feitas muitas vezes por institutos sem credibilidade, acabam influenciando na decisão do voto. Não são poucos os que preferem o candidato que aparece na frente.

Passadas as eleições e constatados os erros nos percentuais, ocorrem reações de protesto que não se prolongam por mais de três dias. Depois,  eleitores começam a sonhar com novas pesquisas.

Vale tudo

Um exame sobre a maioria das alianças comprova que não passam de mecanismos de conveniência e interesses de ocasião. A coerência programática inexiste. Por isso, quando a opinião pública cobra uma reforma partidária, os dirigentes desaparecem.

Guerra ao desperdício

O teto de gastos, criado em 2016, limitou o crescimento das despesas do governo federal e permitiu a queda da taxa de juros. Mantê-lo requer dos agentes políticos que avaliem e escolham prioridades. Nada mais.

Cirúrgico no exame

Everardo Maciel, secretário da Receita Federal, de 1995 a 2002, fez diagnóstico preciso: “A percepção de uma carga tributária desproporcionalmente elevada, quando cotejada com a má qualidade do gasto público, a excessiva litigiosidade, a insegurança jurídica e as exorbitantes exigências burocráticas geram um compreensível clamor por reforma tributária e uma ladainha autodifamatória, sem que sejam adequadamente debatidos os problemas.”

Sem pressa

O presidente Jair Bolsonaro deixará a definição sobre o programa Renda Brasil e seu financiamento para depois das eleições municipais. Sem partido, ele tem uma vantagem: não precisa oferecer trampolim a candidatos.

Ritmo acelerado de fábrica

É de fazer inveja à Torre de Babel, símbolo da confusão: estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação identificou que, entre 1988, ano da promulgação da Constituição, e 2017, foram editadas 5 milhões e 400 mil normas legislativas, incluindo medidas provisórias, instruções normativas, decretos, portarias e atos declaratórios.

Falta pedir inclusão no Livro Guinness dos Recordes.

Mais uma trapalhada

Os casos anteriores não serviram de lição para a assessoria do presidente Bolsonaro. Agora, envolve o currículo do desembargador Kassio Nunes Marques, indicado para substituir o ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal FederalDados, que deveriam ter sido conferidos, passam à fase da contestação. Combustível para muitos discursos da oposição e dores de cabeça em gabinetes do Palácio do Planalto.

Mero formalismo

O Senado realizará entre os dias 19 a 21 deste mês novo esforço concentrado para sabatinas de indicados a cargos públicos. Uma certeza é de que o consumo de cafezinhos aumentará muito. Os encontros tornam-se conversas amistosas sem aprofundar nada. A outra: todos serão aprovados.

Não para

Para os que quiseram fazer tempestade em copo d’água, alardeando que a Operação Lava Jato seria destruída: a Polícia Federal começou ontem a 76ª fase, denominada Sem limites III. Houve buscas e apreensões no Rio de Janeiro para aprofundar investigações sobre práticas criminosas cometidas na diretoria de Abastecimento da Petrobras. A estimativa é de que os desvios tenham chegado a 45 milhões de reais.

Tem mais

O Supremo Tribunal Federal retirou ontem ações penais da Lava Jato, que estavam no âmbito das turmas, e devolveu ao plenário. Está sendo considerada a primeira vitória do novo presidente, ministro Luiz Fux.

Em regime de urgência

Deputados estaduais vão querer ouvir entidades representativas da categoria sobre o projeto de lei complementar, prevendo descontos nos salários dos servidores estaduais que receberam indevidamente o auxílio emergencial da União. Somam 3 mil e 500.

Muitos viram heróis

Hoje é o Dia do Atletismo. Merecem medalhas os governadores e prefeitos que se submetem, todos os dias, à prova de corrida de 200 metros com obstáculos, carregando cofres vazios às costas.

 

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