Perderam o prumo

Os institutos de pesquisas eleitorais erraram mais uma vez previsões em Porto Alegre. Resta aos partidos políticos e à parcela esclarecida da sociedade a abertura de debate sobre os levantamentos feitos de forma nada transparente. Outro caminho é reservar as publicações dos resultados aos espaços de humor em jornais, rádios, TVs e redes sociais.

Mudança necessária

Não se admite o culto permanente às pesquisas, que influenciam na definição de votos.

Fórmula mais acertada

Os prefeitos que apostarem em auditorias preventivas escaparão do descontrole nas contas e do desrespeito aos limites orçamentários.

Os exemplos se acumulam: não adianta aumentar a carga tributária sem antes reduzir custos. Os governos precisam enfrentar os ajustes de contas.

Condição que ajuda

O escritor irlandês Arthur Joyce Cary, que viveu de 1888 a 1957, costumava dizer com forte dose de razão: “O único bom governo é um governo tremendamente assustado.”

Olhando para o horizonte

Número cada vez maior de especialistas concorda que a Economia mundial entrará no ritmo de banho-maria: sem veias abertas e sem impulso sinergético.

Com imenso potencial de desenvolvimento, o Brasil não pode aceitar o marasmo. Seria optar pela mediocridade com persistência do desemprego e do empobrecimento. O esforço conjunto deve se dar no sentido de mudar a trajetória das políticas econômicas e direcionar o país para uma grande transformação.

Percalços

O índice de abstenções tem motivos claros. Entre eles, o medo da contaminação e o desinteresse pela política, dando oportunidade a maus candidatos também chegarem ao poder.

A bomba estourou

A CEEE irá a leilão com dívidas de 7 bilhões de reais. Do total, 3 bilhões e 400 milhões se referem ao não pagamento do ICMS. Quer dizer, a empresa recolheu o imposto dos clientes e não repassou à Secretaria da Fazenda. É crime.

Existem ainda custos previdenciários em torno de 1 bilhão de reais, além de dívidas de 465 milhões com funcionários da época em que a companhia era autarquia. Somam-se outros passivos trabalhistas ainda não calculados.

É claro que nenhum comprador assumirá dívidas. Caberá à população arcar com tudo.

Muitos mistérios

Perguntas sobre a CEEE: 1) como sucessivos governos deixaram de cobrar o ICMS? 2) Por que as graves questões trabalhistas, tornadas públicas em 2003, não foram estancadas? 3) Qual o motivo que levou a manter por tanto tempo uma cortina de fumaça sobre a real situação da estatal? 4) Onde estavam os instrumentos de fiscalização para preservar o patrimônio público?

Outros ventos

A 13 de setembro de 2010, Luiz Inácio Lula da Silva, durante comício em favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff, na cidade Joinville, declarou inflamado: “Nós precisamos extirpar o DEM da política brasileira.”

Errou na previsão. Domingo, o DEM elegeu no 1º turno os prefeitos de Florianópolis, Gean Loureiro; de Curitiba, Rafael Grecca, e de Salvador, Bruno Reis. Outro filiado, Eduardo Paes, irá para o 2º turno como favorito no Rio de Janeiro. O partido quase dobrou o número de prefeitos no país, obtendo o melhor desempenho em eleições municipais desde 1996.

Efeito da fama

Thammy Miranda, filho da cantora Gretchen, elegeu-se vereador em São Paulo pelo Partido Liberal. Obteve mais de 43 mil votos.

O Delegado Palumbo, conhecido pelo reality show Operação de Risco, da Rede TV, que mostrava operações policiais de risco em São Paulo, candidatou-se pelo MDB e obteve mandato na Câmara Municipal com quase 119 mil votos.

Ficaram no caminho

Entre os famosos, não se elegeram: os ex-jogadores Marcelinho Carioca e Dinei, o socialite Chiquinho Scarpa, os ex-atletas Diego Hypolito e Maureen Maggi, o biomédico Dr. Bactéria e Robinho, personagem do Pânico.

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