O governador Eduardo Leite (PSDB) participou hoje (22) de reunião com representantes das associações de municípios do Rio Grande do Sul para discutir o agravamento da pandemia de Covid-19 no Estado. O atual mapa de distanciamento controlado está com onze regiões em bandeira preta e dez em bandeira vermelha.

A manutenção do sistema de cogestão deverá ser definida pelo Executivo estadual com o Gabinete de Crise na tarde desta segunda-feira. Caso o modelo de gestão compartilhada continue em vigor, o Estado deve elaborar novas restrições.

O governador concordou com os pedidos apresentados pelos prefeitos em prol da economia, mas frisou que a situação do Rio Grande do Sul é “fora do comum”.

“Vou tomar a decisão com o Gabinete de Crise, mas essas manifestações serão muito consideradas. Eu concordo que não podemos punir a economia e por isso criamos o sistema de Distanciamento Controlado, mas o que estamos vendo agora é uma situação fora do comum”, disse. Leite ainda completou que “se a decisão for pela cogestão, vamos discutir outros tipos de restrições no período noturno, talvez encurtando o período de funcionamento de locais das 22h para as 20h. Precisamos mostrar com clareza que o vírus é uma realidade assustadora”. 

Leite também ressaltou o papel dos prefeitos na fiscalização do sistema, caso o modelo continue.  “Os prefeitos serão determinantes nisso e, se a decisão for pelo seguimento da cogestão, eu preciso do compromisso de todos de que este monitoramento seja feito com muito rigor, com caráter pedagógico”, destacou.

O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e prefeito de Taquari, Maneco Hassen (PT), afirmou ser favorável à interrupção da cogestão por tempo indeterminado.

Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

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