Uma falha no sistema de distribuição de oxigênio levou à morte de seis pacientes no Hospital Lauro Reus, em Campo Bom. A instituição, que opera com 300% de ocupação, relatou uma instabilidade na rede central de distribuição de oxigênio na manhã desta sexta-feira (19), que durou aproximadamente 30 minutos. Em nota, o hospital afirma que instalou uma sindicância para verificar as possíveis causas da instabilidade na central.

A direção da unidade disse que 26 pacientes realizavam ventilação mecânica na UTI e na emergência entre 08h10 e 08h40. “Não houve, em momento algum, falta de oxigênio aos pacientes, devido à rápida ação da equipe assistencial, que acionou imediatamente o Plano de Contingência”, garante o Hospital Lauro Campos.  

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou os óbitos e afirmou que acionou imediatamente o hospital após conhecimento do ocorrido. Em relação à falta de oxigênio nos hospitais gaúchos, a SES reitera que “oficiou todas as unidades hospitalares para que fosse mantido um estoque mínimo de oxigênio, suficiente para uma semana”. 

Tanto a SES quando o Hospital Lauro Reus assumem que as mortes ocorreram pela falha no sistema de distribuição de oxigênio, e não pela falta do produto.

Confira a nota técnica divulgada pelo Hospital Lauro Reus:

“Com relação à informação sobre a falta de oxigênio nesta manhã no Hospital Lauro Reus, de Campo Bom, a direção da unidade de saúde esclarece que:

1) No período entre 08h10 e 08h40 da manhã desta sexta-feira (19) haviam 26 pacientes em ventilação mecânica na UTI e Emergência.

2) Não houve em momento algum falta de oxigênio aos pacientes, devido à rápida ação da equipe assistencial, que acionou imediatamente o Plano de Contingência – em decorrência de uma instabilidade na rede central de distribuição de oxigênio (O²) que durou aproximadamente 30 min.

3) Segundo a direção técnica do hospital, diante da gravidade geral da situação em nível mundial, e não diferente no Rio Grande do Sul, este hospital opera atualmente com capacidade próxima a 300 % acima da média.

4) Considerando os fatos, foi imediatamente instaurada uma sindicância para verificar as possíveis causas da instabilidade temporária na central de Oxigênio (O²).”

Foto: Divulgação/Hospital Lauro Reus

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